A PARÁBOLA DA ROSA
[Nunca desista de seus sonhos. Pense nisso!]
Certa vez, um homem plantou uma roseira e passou a regá-la constantemente. Assim
que ela soltou seu primeiro botão que em breve desabrocharia, o homem notou espinhos sobre o talo e pensou consigo mesmo:
"como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos?" Entristecido
com o fato, ele se recusou a regar a roseira e, antes mesmo de estar pronta para desabrochar a rosa morreu.
Isso acontece com muitos de nós com relação à nossa semeadura. Plantamos um
sonho e, quando surgem as primeiras dificuldades, abandonamos a lavoura.
Fazemos planos de felicidade, desejamos colher flores perfumadas e, quando percebemos
os desafios que se apresentam, logo desistimos e o nosso sonho não se realiza. Os
espinhos são exatamente os desafios que se apresentam para que possamos superá-los.
Se encontramos pedras no caminho é para que aprendamos a retirá-las e, dessa forma,
nossos músculos se tornem mais fortes. Não há como chegar ao topo da montanha sem
passar pelos obstáculos naturais da
caminhada. E o mérito está justamente na superação desses obstáculos.
O que geralmente ocorre é que não prestamos muita atenção na forma de realizar
nossos objetivos e, por isso, desistimos com facilidade e até justificamos o
fracasso lançando a culpa em alguém ou em alguma coisa.
O importante é que tenhamos sempre em mente que se desejamos colher flores, temos
que preparar o solo, selecionar cuidadosamente as sementes, plantá-las,
regá-las sistematicamente e, só depois, colher. Se esperarmos colher antes do
tempo necessário, então a decepção surgirá. Se tivermos um projeto de
felicidade, é preciso investir nele. E considerar também a possibilidade de
mudanças na estratégia.
Se, por exemplo, desejamos um emprego estável, duradouro, e não estamos conseguindo,
talvez tenhamos que rever a nossa competência e nossa disposição de aprender.
Não adianta jogar a culpa nos governantes nem na sociedade, é preciso, antes de
tudo, fazer uma avaliação das nossas possibilidades pessoais. Se desejarmos uma
relação afetiva duradoura, estável, tranquila, e não conseguimos, talvez seja
preciso analisar ou reavaliar nossa forma de amar.
Quando os espinhos de uma relação aparecem, é hora de pensar numa estratégia diferente,
ao invés de culpar homens e mulheres ou a agitação da vida moderna, ou
simplesmente deixar a rosa do afeto morrer de sede.
Há pessoas que, como o homem que deixou a roseira morrer, deixam seus sonhos agonizarem por falta de cuidados ou diminuem o seu tamanho. Vão se contentando
com pouco, na esperança de sofrer menos. Mas o ideal é estabelecer um objetivo
e investir esforços para concretizá-lo. Se no percurso aparecerem alguns
espinhos, é que estamos sendo desafiados a superá-los, e jamais a desistir.
***
Quem deseja aspirar o perfume das rosas, terá que aprender a lidar com os espinhos.
Quem quer trilhar por estradas limpas, terá que se curvar para retirar as pedras
e outros obstáculos que surjam pela frente.
Quem pretende saborear a doçura do mel, precisa superar eventuais ferroadas das
fabricantes: as abelhas.
Por tudo isso, não deixe que nenhum
obstáculo impeça a sua marcha para a conquista de dias melhores.
Walter de Carvalho contextualizando de Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.
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