CUIDA DO QUE É MAIS IMPORTANTE
Amigos. Esta breve estória nos fará fazer uma profunda reflexão
sobre como as oportunidades surgem em nossas vidas e as perdemos. Por que?
Porque pensamos apenas nos bens materiais, riquezas, aparências e não cuidamos
do essencial. O essencial a que me refiro é a quem devemos fidelidade de ideias
, cumplicidade, amizade, e companheirismos, e àqueles que nos auxiliam na jornada em nossa
romagem terrestre, os que nos servem, quando nós é quem deveria servi-los, os
quais , quase sempre esquecemos. Ter fidelidade aos princípios, à ética, aos
amigos é raro no mundo de hoje, infelizmente. Cuidemos, pois dos que nos
cercam, independente de como e porque estão mesmo temporariamente ao nosso
lado. Sejam virtuais ou não. Lembremo-nos, não existe o acaso e ninguém aparece
em nossa vida por nada. E em cada uma de nossas “missões”, sejam elas quais forem,
tudo e todos têm sua importância! Pensemos nisso!
Era uma vez o jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma
mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante. Recebeu
também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada. _ Cuida do mais importante e cumprirás a
missão! Disse o soberano ao se despedir.
Assim, o jovem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem
na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada à cintura,
sob as vestes.
Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava
sequer em falhar.
Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente
rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia
que a princesa correspondia às suas esperanças.
Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a
estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o máximo
do animal.
Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento,
não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de
beber ou providenciar alguma ração.
_ Assim, meu jovem,
acabas perdendo o animal, disse alguém.
- Não me importo,
respondeu ele. Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta
fará!
Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal
não suportando mais os maus-tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente
o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé.
Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito
distantes uma das outras.
Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe
fazia o animal.
Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda
a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei: "- Cuida do mais
importante!".
Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, frequentes e
longas.
Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser
assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota.
Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada, onde ficou
desacordado.
Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem
para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos,
encontrou-se de volta em sua cidade.
Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia
acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas
costas do cavalo "fraco e doente" que recebera.
- Porém, majestade,
conforme me recomendaste, "cuida do mais importante", aqui estão às
pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer.
O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu,
mostrando completa frieza diante de seus argumentos.
Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao
tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia:
- "Ao meu irmão, rei da terra do Norte! O jovem que te
envio é candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele
alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante.
Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver
forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o
auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não
será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e
não dará importância à rainha nem àqueles que o servem".
(autoria que desconhecemos)
FONTE: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do
Espiritismo http://www.cvdee.org.br
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