MEDIUNIDADE E EXPERIÊNCIA


MEDIUNIDADE E EXPERIÊNCIA
Emmanuel  •  psicografia de Francisco Cândido Xavier

Se as fábricas de automóveis contassem exclusivamente com as autoridades que lhes desenham as máquinas, calculando resistência ou imaginando primores de forma, decerto que não passariam de berçários para a conservação de modelos.

Se os laboratórios dispusessem unicamente das inteligências que lhes compõem as fórmulas de que resultam exatas conjugações de agentes químicos, o medicamento jamais chegaria aos enfermos.

Se a música possuísse tão-somente compositores eméritos a lhe gravarem a beleza, em pauta adequada, nunca se retiraria do silêncio para o campo do som, em auxílio aos seres humanos.

Assim também na mediunidade.

Se as ocorrências mediúnicas devessem apenas contar com a presença dos estudiosos e analistas que lhes investigam as manifestações e lhes colocam as afirmativas à prova, o intercâmbio espiritual feneceria por inexistente.

Sem dúvida precisamos de especialistas e técnicos em todos os campos da teoria, mas não podemos desprezar a prática dos ensinamentos que se refiram a progresso e aperfeiçoamento e nem desprestigiar aqueles que a ela se dedicam empregando o máximo de si próprios em favor dos semelhantes.

Sem mecânicos e motoristas, que muitas vezes arriscam a vida em louvor do próximo, o mundo não disporia do automóvel ganhando tempo.

Sem operários e distribuidores a despenderem grande esforço, o remédio não alcançaria os doentes.

Sem executores que lhe ofereçam atenção integral, a música não sairia das notas escritas.

E sem instrumentos que se disponham a suportar obstáculos e problemas, dificuldades e provações em benefício da causa do Amor e da Verdade, entre as criaturas, efetivamente a mediunidade não serviria para ninguém.

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