A dimensão do amor se mede pela reciprocidade que provoca em nós


A DIMENSÃO DO AMOR

Quando nos enamoramos, o mundo toma as tonalidades da nossa emoção. O céu é mais azul, as flores são mais viçosas, o coração anda atropelado no peito à simples lembrança da figura amada. É comum que os primeiros anos do casamento sejam coroados de
gentilezas e comemorações. Algo assim como a natural continuidade da doce fase do namoro.
É também bastante comum que, à medida que os anos se somem, arrefeçam os arroubos espontâneos do afeto, escasseiem os telefonemas, a oferta de flores. É como se tudo fosse tomando ares de rotina.
Foi por isso que o oncologista, ao receber aquele casal em seu consultório, admirou-se com a postura do marido. Era um comerciante de meia idade, ereto, recordando a formação
militar. A esposa era portadora de um câncer raro, terrível.
Concluída a consulta, o marido a acompanhou até a sala de espera e retornou para falar a sós com o médico. "Doutor, quando conheci minha esposa, há 40 anos, e nos casamos, não tínhamos nada. Nem eu, nem ela. A pobreza era nossa hóspede. Juntos, trabalhamos e amealhamos fortuna. Temos muitas posses, conquistadas ao longo dos anos. Tudo é nosso. Somos sócios. O que quero lhe dizer é que se for preciso gastar todos os nossos bens, não teremos perdido nada. Simplesmente teremos voltado à condição inicial. Quero que o senhor se preocupe com o melhor tratamento existente em nosso país e no exterior. Dinheiro é problema meu. Estamos entendidos?" E assim foi. Ele jamais reclamou de gasto algum. Por duas vezes a levou a uma clínica nos estados unidos. Dois anos depois, ela morreria.
Mais tarde, ele falaria ao médico do quanto amava aquela mulher. Ele a conhecera em um baile militar e a convidara para dançar. Quando a abraçou para a dança, ficou trêmulo e pensou: "Desejo passar o resto da vida abraçado com essa moça." Três meses depois se casaram. Ele fez um pedido formal mais ou menos nos seguintes termos: "Quero pedir você em casamento para sermos felizes. Prometo que nunca haveremos de brigar por tolices, como o tubo de pasta de dentes. Muito menos por ciúmes descabidos. Pretendo ser seu companheiro pelo resto da vida, sentar na sala com você à noite. Escutar a música que ambos apreciamos e me sentir em paz com a mulher que mais desejo, no melhor lugar do mundo, nosso lar." Ele cumpriu a promessa, até a última palavra.

Pense nisso

O amor tem a dimensão que você lhe dá. Torná-lo grandioso, altruísta, é de sua livre escolha. Fazer da vida a dois uma sucessão de momentos de felicidade, também. Pense nisso e não deixe passar a excelente oportunidade de ser feliz, o quanto possa, até que possa.

Walter de Carvalho extraído de Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. Palavras do livro Por um fio, de Dráuzio Varella, ed. Companhia das Letras. 

Comentários

Anônimo disse…
Boa Noite amigos!
Que Jesus abençoe a todos.

Essa linda lição de amor incondicional e ao mesmo tempo triste pelo doença da esposa, me faz recordar uma passagem bíblica em que Jesus nos mostra que devemos usufruir do amor que ele nos dá sobre a Terra.
Esta linda passagem esta em Eclesiastes 9:9 " GOZA A VIDA COM A MULHER QUE AMAS, TODOS OS DIAS DE TUA VIDA FUGAZ, OS QUAIS DEUS TE DEU DEBAIXO DO SOL, ..."
Esta grandeza de sentimentos, falo tb. por mim, só se vive uma única vez.
O pensamento profundo deste comerciante ao pensar enquanto dançavam: " Desejo passar o resta da vida abraçado com essa moça". É uma convicção de um homem de valor.
Ficar trêmulo, ao tocar a amada, é o reconhecimento do Espirito de um Grande Amor.
Como é triste para um Homem perder seu grande Amor. Nada será como antes... Nada!
Como eu gostaria agora! Já! de ouvir a voz do meu AMOR. Se eu tivesse esta oportunidade, não deixaria escorrer pelos meus dedos.
Como está abaixo do texto:" NÃO DEIXE PASSAR A EXCELENTE OPORTUNIDADE DE SER FELIZ ..."
Muita Paz..
M.MGDL