DIÁLOGO CURATIVO

DIÁLOGO CURATIVO •  Emmanuel
Observa a extensão do sofrimento humano e faze do verbo um instrumento de alívio e paz.
Em torno dos próprios passos, encontrarás os doentes de alma a surgirem de todas as direções: os que trouxeram desajustes psicológicos de outras existências apresentando traumas obscuros no campo da mente; os que não puderam atender aos compromissos assumidos e jornadeiam no mundo, desgostosos consigo mesmos; os desesperados, que caminham nas orlas da delinquência e os aflitos, quase todos eles vinculados a processos de angústia.
Todos são enfermos da alma que devem ser medicados, acima de tudo, pelo diálogo curativo.
Em casa, compadece-te dos familiares e procura irradiar a luz do entendimento que estabeleça tranquilidade e segurança; no grupo de trabalho, quanto possível, transforma-te em exaustor das confidências amargas, trocando incompreensão por bondade ou azedume por bênção; nas manifestações de caráter público, seleciona os conceitos que te vistam ideias e pareceres a fim de que não venhas a estimular violência ou discórdia; e, nas vias públicas, mobiliza solidariedade e gentileza, diminuindo o cansaço e a solidão naqueles companheiros que suportam conflitos e provações que talvez desconheças.
Não carregues a vós com vibrações fulminativas, diante da intemperança que surpreendas em vidas alheias, de vez que não curarás um doente, fazendo-te mais doente, especialmente, no caso em que te vejas diante de determinado adversário ou de suposto agressor.
Coloca-te no lugar do próximo e imagina como seriam as tuas reações se alguém te falasse com desconsideração ou vinagre.
Quanto maior a turvação ambiente, maior o desequilíbrio mental em derredor de nós.
E quanto mais a desarmonia nos envolva, mais imperiosa se revela a necessidade da conversação curativa, capaz de suprimir moléstias e obsessões no nascedouro.
Seja qual for a circunstância em que te encontres, condimenta o que digas com bondade e compreensão.
Todos sabem que, na Terra, sobram incêndios de rebeldia e tribulação, sofrimentos e lágrimas.

O Senhor, porém, não espera de nós outros quaisquer fórmulas milagrosas que venham extinguir, de imediato, nas labaredas da perturbação, entretanto, onde estivermos e com quem estivermos, pede nosso copo de água fria.

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