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O CRISTÃO E A JUSTIÇA
A indagação sobre a justiça, a arte
de dar a cada um aquilo que é seu, é uma constante na história da humanidade. As
leis humanas foram paulatinamente alteradas, com a finalidade
de atingir um ideal de justiça. As leis criadas pelo homem refletem os valores e o estágio de
desenvolvimento intelectual e moral da coletividade.
de atingir um ideal de justiça. As leis criadas pelo homem refletem os valores e o estágio de
desenvolvimento intelectual e moral da coletividade.
O contínuo progresso da humanidade,
em todos os quadrantes, revela-se na evolução das normas de convivência. Na
idade média, por exemplo, considerava-se normal e justa a
completa submissão dos servos ao senhor feudal, que tinha poder de vida e morte sobre eles.
completa submissão dos servos ao senhor feudal, que tinha poder de vida e morte sobre eles.
Hoje essa noção choca e não corresponde
ao ideal de justiça que a maioria possui. O mesmo pode ser afirmado de inúmeros
outros institutos, outrora admitidos, mas que atualmente causam repugnância,
como escravidão, prisão por dívidas, matar em defesa da honra. O respeito às
leis em vigor é imprescindível à preservação da harmonia no meio social, mas é
apenas o começo.
Do cristão espera-se um padrão de
conduta mais refinado, espelhado nos exemplos de Jesus. Ao cristão não basta a
mera obediência aos códigos legais vigentes. A referência a leis por vezes
ainda iníquas não serve de desculpa para uma consciência desperta para os
valores superiores da vida. A quem já se enamorou da paz ofertada por Jesus e
se convenceu da necessidade de sublimar os próprios sentimentos, incumbe viver
no mundo
sem ser do mundo. Ou seja, revelar, por seu proceder, o ideal de fraternidade e
compaixão exemplificado por Jesus.
sem ser do mundo. Ou seja, revelar, por seu proceder, o ideal de fraternidade e
compaixão exemplificado por Jesus.
Na realidade, o cristo indicou o
caminho de acesso ao conceito de justiça que as leis divinas encerram, a
nortear o viver de seus seguidores. O Mestre afirmou que toda a lei se resume
em "amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a si mesmo".
Se amarmos ao próximo como a nós
mesmos, desejamos para ele o mesmo que para nós próprios. Consequentemente,
devemos tratá-lo em quaisquer circunstâncias como gostaríamos de ser tratados
se estivéssemos em seu lugar.
Nesse contexto, tratar o semelhante
com justiça significa dar-lhe o que almejaríamos receber, se nossa posição
fosse a dele. As leis humanas podem nada dispor, ou mesmo estabelecer de modo
diverso. Mas esse raciocínio é o norte para o cristão agir com justiça,
em qualquer situação. Ou seja, para dar ao próximo o que lhe é de direito.
em qualquer situação. Ou seja, para dar ao próximo o que lhe é de direito.
Como todos desejam ser bem tratados,
com respeito e dignidade, devem naturalmente tratar os outros dessa forma. A
generalização desse proceder já seria o começo do paraíso na
Terra. Se tivermos um parente doente e dependente de nossa atenção, pensemos como nos sentiríamos no lugar dele. Reflitamos sobre como estaríamos constrangidos e necessitados de demonstrações de afeto. Se agirmos com ele como gostaríamos que agisse conosco, nas
mesmas circunstâncias, estaremos sendo justos.
Terra. Se tivermos um parente doente e dependente de nossa atenção, pensemos como nos sentiríamos no lugar dele. Reflitamos sobre como estaríamos constrangidos e necessitados de demonstrações de afeto. Se agirmos com ele como gostaríamos que agisse conosco, nas
mesmas circunstâncias, estaremos sendo justos.
Do mesmo modo, se alguém bate em
nosso carro no trânsito. Caso sejamos nós os culpados, apreciaremos que o outro
seja gentil e compreensivo. Então, constitui nosso dever de cristãos adotarem
esse padrão de conduta. Afinal, no contexto das leis divinas, somos todos
irmãos e companheiros na jornada evolutiva.
Da exortação de Jesus: amai-vos! Decorre nosso dever de colaboração
e compreensão mútuas. Pensemos nisso.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.
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