O IDOSO
Autores: Fabrício
Barcelos Vieira e Tiago Faggioni Bachur
Em 1º de outubro comemorou-se o
'Dia Internacional do Idoso'. Em prol deles, muitos e significativos avanços
aconteceram nos últimos anos. O Estatuto do Idoso, a exemplo, que completa 6 anos
de promulgação.
É triste pensar que foi
necessária uma "lei"para que os idosos brasileiros pudessem ter
direitos reconhecidos. Todavia, parte da população ainda desconhece o que o
documento diz, principalmente quanto a assegurar saúde, lazer e bem-estar aos
cidadãos com mais de 60 anos, idade estabelecida pela Organização Mundial da
Saúde (OMC) para definir um idoso.
Se perguntarmos para a população,
significativo percentual desconhece que o Poder Público é obrigado a criar
oportunidades de acesso do idoso a cursos especiais que lhe permitam
integrar-se à vida moderna. Outro exemplo da falta de informação é que a lei
proíbe administradores de planos de saúde de discriminarem o idoso, cobrando
deles valores mais altos devido à idade.
Na prática, o único direito que a
população conhece é o direito preferencial em atendimento público, a exemplo de
fila e caixa específicos para idosos em bancos, supermercados etc), ou lugar
para estacionar o veículo. A questão da gratuidade no transporte público,
embora seja direito do idoso, tem sido objeto de briga por parte de empresas
que se recusam a oferecê-lo. A verdade é que ainda há muito o que fazer quanto
à saúde e à qualidade do transporte.
Vale dizer que na última Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) revelou que a população brasileira está mais velha: em
2007 os brasileiros acima de 60 anos eram 10,5% da população. Ano passado, o
percentual já estava em 11,1%.
Importante ressaltar ainda que os
idosos, quando se aposentam, têm seus benefício diminuídos ano a ano, em que
pese os governos dizerem que está havendo ganho com os reajustes aplicados
sobretudo para quem ganha o salário-mínimo. A bem da verdade é público e
notório que quem se aposenta hoje principalmente quem ganha mais de um
salário-mínimo não conseguirá suprir as necessidades que tinha antes, com os
seus proventos. Isso se dá não apenas por conta da política de reajuste dos
benefícios (que é cruel), mas sobretudo pelas novas necessidades que surgirão
com o envelhecimento.
Obviamente, à medida em que a
idade avança, a saúde sofre. Remédios passam a fazer parte da vida do idoso. A
alimentação tem que ser mais balanceada. Consultas ao oftalmologista e ao
otorrinolaringologista passam a ser mais freqüentes. Enfim, crescem os gastos.
Enquanto em muitos países da Europa a aposentadoria tem um aumento progressivo
com o avanço da idade, no Brasil acontece o contrário. (Fonte:
www.bachurevieira.com.br )
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