OS PARENTES EXTRAVIADOS

OS PARENTES EXTRAVIADOS [Comentário da Mensagem de Batuíra]
J. Herculano Pires (Irmão Saulo)

Que somos todos irmãos perante Deus, nosso Pai, é ponto pacífico desde o advento do cristianismo. Mas para figurar a grande família humana temos de admitir os graus de parentesco. Nossos irmãos que se extraviaram nos caminhos da reencarnação, perdendo-se nos descampados da zona etérea que circunda o planeta, são os nossos parentes que agora estão voltando ao convívio terreno. Enquistaram-se no espaço em núcleos estagnados, revivendo por séculos experiências há muito superadas, no abuso do seu livre-arbítrio. Agora, nesta fase de transição da evolução planetária, são obrigados a retornar e temos de recebê-los, dividindo com eles o pão de nossas novas experiências.
A mensagem de Batuíra confirma outras muitas mensagens recebidas no meio espírita, desde o tempo de Kardec, sobre o crescimento da população terrena. Mas Batuíra nos oferece algumas informações novas: são milhões os que voltaram nos últimos decênios; essa volta em massa nos obriga a apressar a acomodação de todos e a preparar acomodações para outros que virão; entre os recém-chegados, a maioria esmagadora é de espíritos necessitados de esclarecimentos; mas há naturalmente espíritos adiantados que vêm auxiliar-nos a acomodá-los; de tudo isso resulta a abertura de novas perspectivas de libertação e progresso para a vida terrena.
Estamos no “festim da inteligência”, porque os pobres e estropiados que vêm agora se sentar à nossa mesa são inteligências que anseiam por participar das conquistas que fizemos durante a sua ausência. Essas conquistas da nossa inteligência são partidas como o pão na mesa do banquete espiritual que estamos vivendo na Terra. A divulgação do espiritismo – a mais alta conquista efetuada no planeta – deve acelerar-se e intensificar-se por todos os meios possíveis, para que não falte a nenhum dos novos comensais a parcela de luz de que necessita.

Artigo publicado originalmente na coluna dominical "Chico Xavier pede licença"  do jornal Diário de S. Paulo, na década de 1970.

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