DIA DO JUÍZO

Com base no Evangelho Segundo o Espiritismo nos forneceu para estudo o item 14 do capítulo X. BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS - O PERDÃO DAS OFENSAS, comentando a psicografia PROVA E JULGAMENTO de nosso querido Emannuel.

DIA DO JUÍZO •  J. Herculano Pires (Irmão Saulo)

Todos erramos. Até mesmo os santos erraram. Por isso disse Jesus: “Não julgueis para não serdes julgados.” No comentário nº 14 do capítulo X de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Simeão nos aconselha a esquecer o mal e pensar apenas no bem que pode ser feito. Por mais inúteis que nos julguemos e por piores que nos consideremos, há sempre diante de nós uma oportunidade de fazer o bem. Pensando no mal, perdemos-la; pensando no bem, podemos aproveitá-la.
No doloroso episódio que Chico Xavier nos relata, e que provocou a mensagem de Emmanuel, temos um exemplo vivo dessa realidade. Chico não perguntou de que crime o rapaz era acusado. Sofreu com ele e com os pais na prática da caridade. Alguns companheiros de reunião, entretanto, não pensaram assim, não sentiram esse impulso de solidariedade humana. E o simples fato de censurarem o médium produziu um constrangimento do bem.

O dia do juízo chega para todos nós. Para aquele rapaz já havia chegado e ele cumpria o veredito da lei. Sabendo disso e compreendendo que Deus quer a salvação de todos, mesmo dos piores criminosos, nosso dever é o do bom samaritano que socorreu o próximo sem indagar de seus antecedentes. Lemos no Eclesiastes que Deus fez tempo para tudo e Emmanuel lembra-nos que existe o “tempo justo de exame”. Por outro lado, o que mais erra é o que mais necessita de perdão, o que menos amor revela em sua conduta é o que de mais amor necessita.

Artigo publicado originalmente na coluna dominical "Chico Xavier pede licença"
do jornal Diário de S. Paulo, na década de 1970.

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