NÃO FAÇA COMENTÁRIOS MALDOSOS SOBRE NINGUÉM! NÃO CALUNIE!

NÃO FAÇA COMENTÁRIOS MALDOSOS SOBRE NINGUÉM!NÃO CALUNIE!

*Por vezes nós temos agido como o Sultão da história que relato abaixo. 
Desconsiderando pessoas que nos são fiéis por longo tempo, damos ouvidos a outras que desejam destruir e infelicitar. Há sempre caluniadores nos palcos terrenos, e sempre há quem lhes dê ouvidos e crédito. O indivíduo que fala mal dos outros quando estes estão ausentes, não tem boas intenções. Quem deseja edificar, corrigir equívocos, melhorar a situação, fala diretamente com os envolvidos e ouve as suas razões. Geralmente instigadas pela inveja, o ciúme, o despeito, pessoas arrasam a vida de outras pessoas e geram infelicidades para si mesmas, num futuro próximo ou distante. 
Por isso, é sempre importante pensar sobre as verdadeiras intenções daqueles que gostam de fazer comentários sobre quem não está presente e não tem a menor chance de se defender. É importante considerar, ainda, que quem faz comentários maldosos dos outros para você, poderá fazer de você para os outros, logo mais. 
Pensando assim, sempre que o assunto em pauta for uma pessoa, seria justo que ela pudesse participar da conversa. 
Você não gostaria de estar presente quando o assunto fosse você? 
Pois bem, é muito provável que as outras pessoas também desejem o mesmo. Por mais fascinante que seja falar mal dos outros, "pelas costas", isso jamais fará dessa prática uma atitude nobre.
Pensemos nisso! E, aproveitemos a história!

O SULTÃO E O VIZIR

Durante uns trinta anos, um Vizir, que era conhecido e admirado por sua lealdade, sinceridade e devoção a Deus, serviram ao seu senhor. Sua honestidade, entretanto, gerou inimigos na corte, que espalhavam calúnias a seu respeito. 
Eles falavam ao ouvido do Sultão o dia inteiro, até que ele também começou a desconfiar do inocente Vizir e acabou condenando à morte o homem que lhe servia tão bem. 
Naquele reino, quem fosse condenado à morte, era amarrado e jogado no cercado onde o Sultão mantinha os seus cães de caça mais ferozes.
Os animais estraçalhariam a vítima de imediato. 
Antes de ser jogado aos cães, entretanto, o Vizir fez um último pedido: precisaria de dez dias de trégua. Nesse tempo pagaria as dívidas, recolheria o dinheiro que lhe deviam e devolveria artigos que as pessoas lhe deram para guardar. 
Dividiria seus bens entre os membros da sua família e indicaria um guardião para os filhos. Depois de ter a garantia de que o Vizir não iria tentar fugir, o Sultão lhe concedeu o pedido. 
O Vizir correu para casa, juntou cem moedas de ouro, depois foi visitar o caçador que cuidava dos cães do Sultão. Ofereceu ao homem as cem moedas de ouro e disse: "deixe-me cuidar dos cães durante dez dias". O caçador concordou e durante os dez dias seguintes o Vizir cuidou das feras com muita atenção, tratando-as bem e alimentando-as bastante. No final dos dez dias elas estavam comendo na sua mão. 
No décimo primeiro dia, o Vizir foi chamado à presença do Sultão, e este assistiu enquanto o Vizir era jogado aos cães. Mas quando as feras o viram, correram até ele e mordiscaram afetuosamente suas mãos e começaram a brincar com ele.
O Sultão ficou espantado e perguntou ao Vizir por que os cães haviam poupado a sua vida. O Vizir respondeu: "cuidei desses cães durante dez dias e o senhor mesmo viu o resultado”.
Eu cuidei do senhor durante trinta anos, e qual foi o resultado? “Fui condenado à morte por causa de falsas acusações levantadas por meus inimigos". 
O Sultão corou de vergonha. Ele não só perdoou o Vizir como lhe deu belas roupas e lhe entregou os homens que o haviam difamado. Mas o nobre Vizir os libertou e continuou a tratá-los com bondade.


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na história homônima, publicada no Livro de Ouro da Sabedoria, Ed. Sapienza. 

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