A CENTELHA DIVINA

O EVANGELHO DE LUCAS - Luc. 1:1-4 
22 - RESUMO DA TEORIA DA ORIGEM E DO DESTINO DO ESPÍRITO
22.1 - A CENTELHA DIVINA

Os cristãos, pelo menos os que eram, excelentíssimos amigos de Deus, deviam ter conhecimento do sentido profundo (digamos oculto) que havia nos ensinos e nas palavras de Jesus, assim como nos de toda a Antiga Escritura (da qual dizia Paulo que, àquela época, ainda não fora levantado o véu, 2 Cor. 3:14) com referência à origem e destino da criatura humana. Cada ensinamento e cada fato constituem, por si mesmos, uma alusão, clara ou velada, à orientação que Jesus deu à Humanidade, para que pudesse jornadear com segurança pela Terra. Afastados de Deus, da Fonte de Luz (não por distância física, mas por freqüência vibratória muito mais baixa) , o Espírito tinha a finalidade de tornar a elevar sua freqüência, para novamente aproximar-se do Grande Foco de Luz Incriada.
Note-se bem que, estando Deus em toda parte e em tudo (Ef. 4:6} e em todos (1 Cor. 15:28), ninguém e nada pode jamais separar-se de Deus, donde tudo provém e no Qual se encontram todas as coisas, já que Deus é a substância última, a essência REAL de tudo e de todos. Tudo o que existe, EST EX, ou seja, está de fora, exteriorizado, mas não fora de Deus, e sim DENTRO DELE.
Assim, a centelha divina, o Raio de Luz, afastando-se do Foco - não por distanciamento físico, mas - por abaixamento de suas vibrações, chegou ao ponto ínfimo de vibrações por segundo, caindo no frio da matéria (de 1 a 16 vibrações por segundo). Daí terá novamente que elevar sua freqüência vibratória até o ponto de energia e, continuando sua elevação, até o espírito, e mais além ainda, onde nosso intelecto não alcança. A criatura humana, pois, no estágio atual - a quem Jesus trouxe Seus ensinamentos - é uma Centelha- Divina, porque provém de Deus (At. 17:28, Dele também somos geração). Mas está lançada numa peregrinação pela Terra, numa jornada árdua para o Infinito. Na criatura, então, a essência fundamental é a Centelha-Divina, a Mônada: isso constitui nosso EU PROFUNDO ou EU SUPREMO, também denominado CRISTO INTERNO, que é a manifestação da Divindade.
Entretanto, um raio-de-sol, por mais que se afaste de sua fonte, nunca pode ser dela separado, nunca pode destacar-se dela (quem jamais conseguiu isolar um raio-de-sol de sua fonte qualquer tentativa de interceptá-lo, fá-lo retirar-se para trás, e só permanecemos com a sombra e as trevas) . Assim o ser humano, o EU profundo, jamais poderá ser destacado nem separado  de sua Fonte, que é Deus; poderá afastar-se aparentemente, por esfriamento, devido à baixa freqüência vibratória que assumiu.
Ora, acontece que esse Raio-de-Sol (a Centelha-Divina) se torna o que chamamos um ESPÍRITO, ao assumir uma individualidade. Esse espírito apresenta tríplice manifestação (à imagem e semelhança dos elohim, Gên. 1:26):
1 - a Centelha-Divina - o EU, o AMOR;
2 - a Mente Criadora - o Verbo, o AMANTE
3 - o Espírito Individualizado - o Filho, o AMADO, que é sua manifestação no tempo e no espaço.
Encontramos, pois, o ser humano constituído, fundamental e profundamente, pela Centelha-Divina, que é o EU profundo (o atma dos hindus); a mente criadora e inspiradora, que reside no coração (há 86 passagens no Evangelho que o afirmam categoricamente), e a individualização, que constitui o ESPÍRITO, iluminado pela Centelha (hindu: búdico) , com sua expressão causa, porque é a causa de toda evolução. Essa tríplice manifestação da Mônada é chamada a INDIVIDUALIDADE ou o TRIÂNGULO SUPERIOR do ser humano atual.

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