A CONCEPÇÃO DE MARIA! DISTINÇÃO ENTRE NOIVA E PROMETIDA EM CASAMENTO!

ESTUDO DOS EVANGELHOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
31 - A REVELAÇÃO A JOSÉ - A CONCEPÇÃO DE MARIA 

Mat. 1:18-25
18. Ora, a. concepção de Jesus Cristo ocorreu desta maneira: sendo Maria, sua mãe, noiva de José, antes que se ajuntassem ela rol achada. grávida de um espírito santo; 19. E José, seu noivo, sendo reto e não querendo infamá-la. resolveu deixá-la secretamente; 20. Tendo, porém, meditado nessas coisas, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos dizendo: “José, filho de David, não temas receber em casa Maria como tua mulher, pois o que nela. foi gerado é de um espírito; 21. ela dará à luz um filho a. quem chamarás JESUS, porque ele salvará seu povo dos pecados deles”; 22. Ora. tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que dissera o Senhor pelo profeta; 23. “eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho e ele será chamado Emanuel, que quer, dizer Deus conosco”.; 24. Tendo José despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua mulher; 25. e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de JESUS.

ESTUDO DOS EVANGELHOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
A CONCEPÇÃO DE MARIA
31. 1 - DISTINÇÃO ENTRE NOIVA E PROMETIDA EM CASAMENTO 

Encontramos duas narrativas a respeito do mesmo fato, em Mateus (1:18-25) e em Lucas (2:1-20).
Havendo diferença entre os dois textos, comentá-los-emos em separado. Após a genealogia (que estudaremos depois), Mateus inicia: ora, a concepção de Jesus Cristo Ocorreu desta maneira. E passa a narrar. Sendo Maria noiva; particípio passivo, (noiva, prometida em casamento) de José, antes que se ajuntassem, ela se achou grávida de um espírito santo. Os judeus distinguiam nitidamente o noivado e o casamento (Deut. 20:7), que o original grego distingue também com os verbos (noivar), comprometer-se) e  (receber em sua casa), o que tinha como resultado o coabitar, morar juntos. Então, ainda durante o noivado, José verificou a gravidez. O fato só pode ter ocorrido depois que Maria regressou da casa de Isabel Ai’n-Karim, para sua aldeia de Nazaré. Mateus silencia a esse respeito, fazendo que o leitor suponha que eles normalmente habitavam em Belém. Tanto que, mais tarde (2:23) diz que, quando José regressava do Egito para sua casa (Belém) , ao saber que Arquelau, filho de Herodes, é que lá reinava, resolveu ir morar na Galiléia, a conselho do anjo [ MEDIUNIDADE DE JOSE EM SONHO - Grifo nosso], na cidade de Nazaré, para que o menino pudesse realizar a profecia e ser chamado nazareno. Portanto, para Mateus, Nazaré era um lugar ainda desconhecido de José e de Maria, ao passo que, para Lucas, Nazaré era a residência normal dos dois. Mateus não fala da viagem de Maria. Mas José só podia descobrir a gravidez quando desta aparecessem sinais externos, o que só ocorre no 4º ou 5º mês, isto é, exatamente quando do regresso de Maria da casa de Isabel.  José é o homem de Maria. O termo varão correspondente ao latim (homo), exprime genericamente o ser humano, macho ou fêmea indistintamente. José, pois, era o homem (que podia ser o noivo ou marido) de Maria. Aqui trata-se evidentemente de noivo, pois ainda não se tinham casado, já que José não na havia levado para sua casa e não coabitara com ela [MUITO EMBORA TENHA TIDO AUTORIZAÇÃO DO ANJO GABRIEL MATERIALIZADO DE NÃO TER MEDO DE TÊ-LA COMO MULHER- Grifo nosso]. Sendo bom, José não quis infamá-la [MOSTRÁ-LA GRÁVIDA ANTES DE COABITAR COM ELA, SEGUNDO OS COSTUMES DA ÉPOCA -Grifo nosso]. Os direitos dos noivos eram equiparados aos dos já casados, tanto que: a) a noiva infiel devia ser apedrejada, como se já fora esposa (Deut. 22:20-27); b) a noiva podia ser despedida com uma carta de divórcio; c) a criança nascida na época do noivado era considerada legítima; e d) se o noivo morria, ela era tratada como viúva, devendo, pela lei do levirato coabitar com o irmão do noivo, para que tivesse filhos dele. Diz Mateus que José, na dúvida entre acusá-la perante o Sinédrio, difamando-a, ou repudiá-la com uma carta de divórcio, optou pela segunda hipótese, pois para isso bastava uma carta assinada por ele diante de duas testemunhas, o que não provocava escândalo. Tendo meditado nessas coisas e tomado sua resolução, deitou-se para dormir. Foi quando, em sonho [MEDIUNIDADE ATRAVÉS DO DESPRENDIMENTO DO SONO -Grifo nosso], recebeu a visita de um anjo do Senhor ou, na linguagem moderna, UM ESPÍRITO BOM.

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