AS TENDÊNCIAS INATAS

ESTUDOS DOS EVANGELHOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA 
40 - A FUGA PARA O EGITO
40.6 - O SURGIMENTO DO NOVO ADÃO [AS TENDÊNCIAS INATAS]

Surge o novo Adão (ADAM = homem) que é expulso do paraíso da irresponsabilidade animal  e começa a ter que comer o pão com o suor de seu rosto: respiração e alimentação não são mais aproveitadas da mãe. A criança é que tem que esforçar-se por si mesma. Vimos que, quando no estágio animal, o espírito era ainda irresponsável, agindo em perfeita harmonia com a Mente Cósmica Universal, porque o intelecto não intervinha para atrapalhar. Na revisão dessa fase, o feto vive em perfeita simbiose com a mãe, da qual tira tudo. Expulso desse paraíso animal, o recém-nascido chega ao reino hominal. Mas ainda não ao estado atual de homo sapiens: vai antes reviver todo o desenvolvimento, desde o plano de homóide, ao homúnculo, ao pithecânthropus erectus (quando passa do engatinhar ao caminhar erecto), até chegar ao homo sapiens e às últimas vivências na Terra. Quando atinge os sete anos, mais ou menos - a idade da razão - é que, então, recordada toda a  escala evolutiva, o espírito penetra integralmente o novo corpo e inicia a nova jornada que se lhe abre  ante o horizonte. Até então, o espírito permanece fora do corpo, comandando através do cordão de prata todo o desenvolvimento de seu veículo físico. Por esse motivo é que a criança manifesta as características de primitivismo: egoísmo, destrutibilidade, etc. Uma comprovação de tudo isso é o que se passa com espíritos mais evoluídos. Realmente, quanto mais adiantado o espírito na escala, mais rapidamente percorre as etapas anteriores. E se, em suas recentes vivências na Terra esses espíritos revelaram desenvolvimento de genialidade em qualquer ramo, aparecem as crianças-prodígio, revivescência clara da última ou das últimas encarnações[TENDÊNCIAS INATAS- Grifo nosso]. Daí verificarmos que esses prodígios se revelam sempre antes do uso da razão. Ao atingirem essa idade, em que se inicia a fase atual, pode o espírito fazer florescer e progredir suas qualidades, e até desenvolvê-las mais ainda. No entanto, pode dar-se que a atual existência não apresente possibilidades de evolução maior. E vemos que, com frequência, que a criança prodígio não atinge, em sua vida posterior, o que dela se esperava: não conseguiu adiantar-se com o mesmo ritmo.
E na idade madura é pessoa comum. Quebrou o ritmo ascensional, quer por cansaço, quer por falta de ambiente propício, quer por motivos cármicos. Não houve, porém, regresso, mas diminuição ou afrouxamento (rallentissement) na caminhada. Compreendendo assim as coisas, descobrimos que a vida de Jesus em Sua última romagem terrena, foi o modelo que teremos que seguir, no estado posterior de Filhos do Homem, verdade que já foi revelada por Paulo ao Efésios (4:13) até que TODOS CHEGUEMOS à plenitude da estatura de Cristo.

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