DIVERSOS SENTIDOS DA "BOA NOVA"

ESTUDOS DO EVANGELHO À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
INTRODUÇÃO - PARTE FINAL -
CONCLUSÃO E OS DIVERSOS SENTIDOS DA "BOA NOVA"

Cada Escritura pode apresentar diversas interpretações, no mesmo trecho. A vantagem disso é que, de acordo com a escala evolutiva em que se acha a criatura que lê, pode a interpretação ser menos ou mais profunda. Os principiantes,  que são a maioria, compreendem, de modo geral, apenas a letra e a ela se apegam. Mas, sempre além do sentido literal. E muitos dizem: É A PALAVRA DE DEUS! 
No entanto, temos o sentido alegórico, o simbólico e o espiritual ou místico que para muitos é relegado a segundo plano em seus estudos, infelizmente. Porque é mais cômodo, para muitos,  apenas decorar , sem assimilar, a letra da 'lei" escrita há mais de 2.000 anos, numa autêntica "lavagem cerebral". Aí que começa os Estudos da Doutrina Espírita com sua interpretação espirtual ou como desejam alguns, mística, fruto da pesquisa dos fenômenos[ciência], da filosofia e da história[sua ética], finalmente pela própria razão.
O sentido alegórico faz extrair numerosas significações de cada representação, compreendendo, por exemplo, a história de Abraão como uma alegoria das relações entre a matéria e o espírito.
A interpretação simbólica é mais elevada: dá-nos a revelação de uma verdade que se torna, digamos assim, transparente e visível, através de um texto que a recobre totalmente; basta-nos recordar a CRUZ, para os cristãos: é um símbolo muito mais profundo, que os dois pedaços de madeira superpostos. A CRUZ representa a ressureição [reencarnação] para os judeus daquela época. Significa que  JESUS matou a morte resurgindo dos "mortos" em "corpo espiritual" e se materializando entre nós, por mais de 40 dias e aparecendo para mais de 500 pessoas à época como nos ensina Saulo de Tarso em suas Epístolas e os Atos dos Apóstolos. 
Agora estamos preparados para iniciarmos nossos Estudos do Evangelho de Cristo. A interpretação espiritual é aquela que dificilmente poderá ser expressa em palavras, mas é sentida e vivida em nosso eu mais profundo, levando-nos, através de certas palavras e expressões, à união mística com a Divindade que reside dentro de nós. O nosso EU CRÍSTICO! O nosso EU MAIOR! O  EU SOU O QUE EU SOU! Como se ouviu através da sarça flamejante que falou a Moisés no Monte Sinai. Quase sempre, a compreensão espiritual ou mística da Escritura leva ao êxtase, e portanto à Convivência com o Todo. Com DEUS. Com o EU SOU! Dadas estas notas introdutórias, iniciaremos os comentários dos Evangelhos, a começar pelo de João.  pois procuraremos interpretar os Evangelhos num todo único, afim de evitar repetições. É um estudo, em  harmonia, dos quatro evangelistas, de forma simultânea, e iremos dando os textos para logo a seguir comentá-los.[Contextualizado por +Walter de Carvalho

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