MARIA E JOSÉ UM EXEMPLO DE TESTEMUNHO DE FÉ! O SEXO É SANTO!

ESTUDO DOS EVANGELHOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
A CONCEPÇÃO DE MARIA
31. 3 - ESTUDO SOBRE A PALAVRA "VIRGEM" NO SENTIDO BÍBLICO
O SEXO É SANTO!

A profecia de Isaías afirma que uma virgem [MULHER JOVEM] conceberá e dará à luz um filho. O termo virgem  merece ser estudado. Em hebraico há duas palavras: betulân, que especificava a virgindade como certa; e almâh que exprimia uma oposição, sem garanti-la. Ora, Isaías escreve exatamente almáh.  E verificamos que, em Deut. 22:23, a noiva, e mesmo a esposa recém-casada era chamada ne’arah betulâh. Em grego a palavra exprime o mesmo: virgem, mas em sentido genérico tanto que as moças noivas e também as recém-casadas eram assim chamadas, e isso na própria Bíblia (cfr. Deut. 22:23; 1 Reis 1:2; Ester 2:3). Em todas essas passagens, a palavra virgem designa a moça que é dada a alguém para deitar-se com ele, supondo-se que se trata de uma virgem, isto é, de moça ainda não ligada pelo casamento a um homem. A mesma designação é atribuída a Maria, demonstrando que, ao lhe ser dada como noiva, era virgem, o que é natural e normal. No entanto, em nenhum local dos Evangelhos se diz, nem se supõe, que Maria continuou Virgem depois. Ela era virgem quando concebeu, o que de modo geral ocorre com todas as moças. Esses nossos esclarecimentos não visam a diminuir o respeito e a veneração que todos temos pela Mãe Santíssima de Jesus, pois o fato da virgindade nenhuma importância apresenta diante da espiritualidade. A IMPOSIÇÃO DIVINA do uso do sexo para manutenção e multiplicação de Sua criação, nos diversos estágios evolutivos (plantas, animais e homens) vem provar que o sexo é SANTO. Não podemos admitir que Deus, Sábio e Bom, tivesse imposto obrigatoriamente as Suas criaturas uma condição que, ao cumpri-la, as tornasse imperfeitas. Se no ato sexual houvesse uma leve imperfeição sequer, ou um sina1 de atraso espiritual, esse Deus seria monstruosamente mau, pois teria obrigado Sua criação a ser imperfeita e atrasada, afim de manter e multiplicar Suas obras. Portanto, compreendendo o ato sexual em si e a maternidade como perfeições altamente espiritualizantes (porque são o cumprimento de uma Lei Divina, achamos que Maria se engrandece perante Deus com a maternidade normal, porque assim dá demonstração de ser fiel e obediente cumpridora da Vontade Divina. Compreendendo bem esse problema, o jesuíta padre Teilhard de Chardin atribui à sexualidade um sentido cósmico e afirma que o mundo não se diviniza por supressões, mas por sublimação, e ainda: que o homem e a mulher tanto mais se unirão a Deus, quanto mais se amarem, não vendo apenas o objetivo admirável mas transitório da reprodução, mas o de dar plena expansão à quantidade do amor, liberado do dever da reprodução. E diz claramente, sem subterfúgios: a mulher é, para o homem, o termo susceptível de impulsionar esse progresso para a frente. Pela mulher, e só pela mulher, pode o homem escapar ao isolamento, no qual sua própria perfeição se arriscaria prendê-lo (L’énergie humaine, édition Seujl, pág. 93 a 96). Realmente a união sexual dentro do amor é a imagem mais fiel da união do homem com a Divindade, e por isso os místicos denominam essa unificação do homem com Deus de Esponsalício. Na profecia de Isaías, o menino seria chamado Himmanu-El, que significa Deus conosco, exprimindo a grande verdade de que Deus ESTA REALMENTE DENTRO DE NÓS, está CONOSCO. Despertando de seu sono, José recebe Maria em sua casa, na qualidade de sua esposa, mas, atesta o evangelista, não a conheceu até que ela deu à luz um filho[COSTUME DOS JUDEUS ÀQUELA ÉPOCA DEPOIS DE ENGRAVIDAR A VIRGEM -Grifo nosso]. Nada pode deduzir-se, com segurança, do que ocorreu posteriormente ao nascimento do filho. A frase não no autoriza. As expressões latina, grega, e hebraica, negam a ação até aquele momento, mas não obrigam a supor-se o contrário daí por diante. Por exemplo: O corvo não regressou à arca até que as águas secassem (Gên. 8:7) não obriga a acreditar que ele aí tenha regressado depois que se secaram. Então, o que ocorre depois não é afirmado. Sob a figura dos fatos que narra, revela-nos Mateus o que normalmente ocorre com o intelecto (José) quando recebe o impacto da revelação por parte da intuição (Maria;): assusta-se, raciocina, pequire, medita, e não consegue ter outra saída senão a de recusar o que lhe traz a intuição. Muito bem apresentado o fato, para descrever a luta intelectual das criaturas e sua resolução final: repudiar as loucuras da intuição[DIGO TER RELAÇÕES ANTES DO CASAMENTO - Grifo nosso]. 

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