O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS DO ARCANJO GABRIEL!

ESTUDO DOS EVANGELHOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
29.4 - O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS DO ARCANJO GABRIEL
Lucas Cap 1 - 30-33
30. Disse-lhe o anjo: “Não temas, Maria., pois conquistaste benevolência da parte de Deus, 31. e conceberás em teu ventre e darás à luz um filho a quem chamarás JESUS. 32. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai David, 33. e ele reinará no futuro sobre a casa de Jacob, e seu reino não terá fim.

Gabriel[ ESPÍRITO MATERIALIZADO- grifo nosso] exorta Maria[MÉDIUM VIDENTE] a não temer porque ela  conquistou a benevolência de Deus. O anjo não se apresenta a Maria dando nome e posição como o  fez com Zacarias. Ao evangelista basta revelar que o mensageiro foi o mesmo nos dois casos. Conquistar benevolência é expressão já muito usada no Velho Testamento, com as palavras achar  graça (cfr. Gên. 6:8; X;x. 33:12; Juízes, 6: 17) O anúncio da próxima maternidade de Maria é feito  com expressões semelhantes às que foram ditas por OUTROS ESPÍRITOS, para anunciar o  nascimento de Ismael (Gen. 16:11) e de Sansão (Juízes, 13: 3-5). O nome que o anjo impõe é JESUS  (em hebraico IEHOSHUA), mas que também pode transliterar-se com o sentido de Iahô salva. Na  previsão de Isaias, era-lhe dado o nome de HIMMANU-EL, isto é, Deus conosco. Jesus, diz o anjo,   será grande, será chamado de Filho do Altíssimo, título que era dado aos reis na antiguidade (cfr. 2º  Reis, 7:14 e 1 Crôn. 22: lC). O menino receberá o reino de David, que ele ocupará no futuro e seu  reino não terá fim. A palavra [DITA EM GREGO PELA ARCANJO-Grifo nosso] tem o mesmo  sentido que seu derivado latino aevum (em português evo, ou seja século, uma vida) e era empregado  no sentido lato de [FUTURO], e não no de [ETERNO]. Eterno é o que não tem princípio nem fim. Além disso, a  segunda parte do versículo esclarece bem a idéia, quando diz e seu reino não terá fim. Se a palavra  aiónas tivesse o sentido de eterno, não havia razão para a segunda parte do versículo, nem mesmo  invocando-se a técnica da repetição, na poesia hebraica. Com Zacarias, o anjo se apresenta, porque o  INTELECTO quer saber de tudo, pede credenciais; ao passo que a INTUIÇÃO não repara no  intermediário: sente a verdade em suas palavras, não lhe interessando quem a diz, mas sim o que diz.  A resposta do Mestre à indagação aflita da criatura que, humildemente, se julga indigna de receber tão  grande graça - embora não duvide da própria graça - vem trazer maior certeza da realidade:  conquistaste benevolência da parte de Deus. Não é, propriamente, o merecimento, no sentido de  haver a criatura dado algo mais do que devia, com isto merecendo uma recompensa, ou comprando a  benevolência. Não. Trata-se da sintonia natural da criatura, que lhe possibilita receber as emissões (a  benevolência) divinas, dadas a todos indistintamente: bons e maus, sábios e ignorantes, santos e  criminosos. E essa sintonia é obtida pelo que a criatura É (não pelo que sabe, nem pelo que faz).  Tendo conseguido essa sintonia, a criatura pode conceber em seu ventre (recebe em seu coração[DAÍ A EXPRESSÃO - FILHOS DO CORAÇÃO- Grifo nosso) um filho, que é sua salvação: JESUS,  isto é, Iahô salva. Esse nascimento é uma expressão que usamos por falta de outro vocábulo mais  exato. Assim como, ao nascer, a criança aparece, é vista, tocada e sentida (embora não tenha  começado a existir nesse momento, pois inclusive seu corpo já existia no ventre  como EU Supremo,  consiste apenas na verificação de nossa parte de que ele existe. Realmente ele já existia dentro de nós,  mas ainda oculto e não sentido. Ao revelar-se, ao tornar-se sensível, nós dizemos que ele nasceu: isto  é, que se manifestou; quando nós o DESCOBRIMOS, dizemos que ELE NASCEU. Esse EU  Supremo [JESUS] será grande e é o Filho do Altíssimo porque é a Centelha que emanou Dele (do  Foco Incriado); e terá, por todo o resto de sua existência o trono de seu Pai o AMADO (David).  Vimos, [DESDE O INICIO DE NOSSO ESTUDO DOS EVANGELHOS- Grifo nosso]  que Deus  (o AMOR) se manifesta como o Verbo Criador (o AMANTE) e como o Criador, o Filho (o AMADO). Ora, o EU Supremo, que é a individualização de um Raio-Divino, isto é, o Filho do Cristo  (o AMADO), pode ser, por isso, chamado filho do Amado ou filho de David. Seu reino não terá fim sobre a casa de Jacob. Jacob significa o que suplanta (ou o que segura pelo calcanhar). Exprime,  então, a personalidade, que durante milênios suplanta a individualidade abafando-a totalmente.  Quando JESUS surge, ele assume o trono de David, e reina sobre a casa de Jacob sem fim,  isto é, nunca mais a individualidade[A TRÍADE -Grifo nosso] sofrerá o domínio da personalidade[QUATERNÁRIO INFERIOR -Grifo nosso].

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