PROVAS DAS VIDAS SUCESSIVAS

ESTUDO DOS EVANGELHOS À LUZ DO ESPIRITISMO [PASTORINO]
VISITA A ISABEL
30.5 -  O CORAÇÃO!SEDE DOS PENSAMENTOS! DEUS NÃO AMA OS ORGULHOSOS!
PROVAS DAS VIDAS SUCESSIVAS OU REENCARNAÇÕES!

Conforme verificamos (mais uma vez, o coração é a  sede dos pensamentos. Realmente, sendo Deus a humildade máxima, os orgulhosos jamais podem sintonizar com Suas vibrações. Daí dizer-se mediante uma imagem: Deus não ama os orgulhosos (Cfr. 1,  Reis 2:3 e Job, 38:15). E prossegue: fez descer os poderosos de seus tronos e exaltou os :humildes? (Cfr 1.0 Reis 2:5-7; Ecli. 10:14, Salmo 148:6; e Job 5:11; 12: 19 e 22: 9); encheu de bens os famintos e despediu vazios os  ricos (Cfr. Salmos 34:10-11 e 107:9). Queremos uma vez mais chamar a atenção para a afirmação clara, embora implícita, das VIDAS SUCESSIVAS OU REENCARNAÇÕES. Raciocinando diante dos fatos, verificamos que, numa mesma existência, os poderosos raramente perdem seus tronos e os humildes não são exaltados; da mesma forma que os famintos muito dificilmente enriquecem e pouquíssimos são os ricos que perdem a fortuna. Ora, as afirmativas de Maria e dos demais textos supra-citados do Velho Testamento apresentam esses fatos como normais e habituais. Então concluímos que se referem às vidas sucessivas: quem teve um trono numa existência, regressará à Terra na vida seguinte em posição humilde e vice-versa; quem  transcorreu uma existência a lutar contra a fome, voltará na seguinte cheio de bens, mas os ricos serão  despedidos da vida espiritual para a Terra vazios de bens. Esta é a única interpretação que podemos dar às palavras citadas; se o não fizermos, verificaremos que os fatos reais que observamos todos os dias desmentem as afirmativas categóricas das Sagradas Escrituras. Maria cita a seguir a manifestação da misericórdia de Yahweh para com Jacob (Israel), segundo a promessa feita a Abraão. Anotemos que a esposa de Abraão era Sara e, a seu respeito, diz a Cabala:
Fica sabendo que Sara, Hannah a Sunamita e a viúva de Sarepta, cada uma delas possuiu por seu turno a alma de Eva (Yalkut Reubeni, n. 8). E o Evangelista encerra o episódio com a notícia de que Maria ficou cerca de três meses com  Isabel, regressando depois para sua casa. Embora Lucas narre o episódio do nascimento de João após ter  dado notícia do regresso de Maria, é de supor-se que ela tenha permanecido ao lado da parenta até depois  do nascimento de João; quando lá chegou já estava no sexto mês, e lá ficou cerca de três meses,  certamente não sairia às véspera do grande evento. Mas o procedimento é típico desse evangelista: terminar um episódio antes de começar outro (por exemplo, falará da prisão de João Batista, em 13:19-20,  antes de começar a narrativa do batismo em 13:21-22). Note-se que Maria regressou para sua casa, e não para a casa de José. Isto porque, a essa época  ainda não estava casada. Sob o aspecto profundo, aprendemos que a intuição (Maria) glorifica o Senhor pela descida da graça, convicta da pequenez de sua realidade subjetiva, diante da magnificência divina em atender às  criaturas. Inspirada pelo Eu Supremo, canta a alegria da próxima Unificação com o Cristo interno, a Manifestação cósmica da Divindade. Estende seu louvor pelos benefícios recebidos em vidas anteriores, assim como pela felicidade que fruirá nas porvindouras . Relembra que só os humildes e pequenos receberão a ventura do Grande Encontro, pois os ricos (cujo deus é o dinheiro) e os soberbos (cujo deus é o próprio eu pequenino e transitório) , não conseguem penetrar no recinto humilde e oculto do coração, o que só pode ser feito quando há renúncia total a tudo, inclusive ao euM personalístico. Maria permanece com Isabel, ajudando-a com sua presença a realizar o mergulho, e depois  novamente se recolhe em seu íntimo (regressa a sua casa), para, em meditação profunda, aguardar o Supremo Acontecimento.

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