AFINIDADE DOS MÉDIUNS E INFLUÊNCIAS RECÍPROCAS

ESTUDOS DE TÉCNICA DA MEDIUNIDADE[PASTORINO-KARDEC]
OS EFEITOS DO MAGNETISMO NAS COMUNICAÇÕES MEDIÚNICAS
35 - AFINIDADE DOS MÉDIUNS E INFLUÊNCIAS RECÍPROCAS

Também cada criatura humana possui dois pólos, cada um dos quais  cria um “campo magnético” que atrai ou repele formas-pensamento, elementais e “espíritos”, encarnados ou, desencarnados, desde que penetrem no campo. Chama-se 1)Imantação Sucessiva - Desde que Tales de Mileto (640 -  546 A. C.) falou das propriedades do magneto natural, é sabido (e Platão, no “Ion”, faz Sócrates descrever essa propriedade) que, se a um ímã encostarmos uma argola (ou prego) esta fica pendurada, mas por sua vez passa a segurar uma segunda, a segunda uma terceira e assim por diante, imantando-se sucessivamente enquanto permanecem no campo magnético do ímã. Isso ocorre com freqüência em todos os setores humanos, sejam comerciais, industriais, artísticos, e também nos círculos espiritualistas.  Assim um “líder” espiritual atrai a seu campo magnético um grupo de discípulos e, enquanto estes lhe estão ao lado, vão estendendo a influência do líder a outras criaturas; mas só o conseguirão enquanto estiverem nesse campo, pois perdem o magnetismo ao se afastarem. Note-se que esse magnetismo pode ser usado para o bem como para o mal. Vemos também que “espíritos” ditos “guias” do líder, passam a interessar-se pelos componentes do grupo, acompanhando-os, porque estão no mesmo campo magnético. Mas também aí vemos o perigo de alguém aproximar-se de uma pessoa com tendência para o mal: entrando-lhe no campo magnético, seus acompanhantes passam a influenciá-lo. Perigo outrossim dos contactos “íntimos” com pessoas desconhecidas: recebemos-lhes todas as influências maléficas que as envolvem. 2) A “força magnética” - Quanto maior a intensidade da “massa magnética”, tanto maiores a força e a extensão do “campo magnético”. Assim verificamos que, quanto maior a capacidade mediúnica, tanto maiores serão a força (de atração ou repulsão) e a extensão (ou raio de ação) dessa força. Por isso muitos médiuns (que o vulgo apelida de “mata-borrão) atraem tudo o que existe no ambiente em que se encontram ou por que passam, e de lá saem “carregados”. Por onde andam, vão atraindo a “limalha de ferro” que há no caminho. Daí, quanto maior a força magnética, maior facilidade em atrair “espíritos” (encarnados ou desencarnados) que caiam sob seu campo magnético. Nas sessões é comum assistirmos à entrada brusca de um obsessor, protestando que não queria vir, mas que  “foi trazido à força e com violência e rapidez”. Simples fenômeno de atração magnética exercida pelo aparelho mediúnico, por meio da força-pensamento (ou dos “mentores” em seu lugar). Daí, ainda, quando o “espírito” está “incorporado” e quer sair: se a força magnética do médium é maior que a dele, ele não no consegue, por mais que se esforce para isso. 3) O quociente da força pela massa  é uma grandeza vetorial constante em módulo, direção e sentido,  para determinado ponto. Isso explica por que aqueles que fixam esse “determinado ponto” em situações elevadas espiritualmente tendem continuamente, numa “grandeza vetorial constante em modulo, direção e sentido, para o bem, para a ligação com as Forças Positivas (prece), para o amor. Ao passo que os que o fixam em zonas baixas, apresentam constantes tendências para a irritação, para a raiva, para o ódio, para o mal. A fixação elevada reside na individualidade, no Cristo Interno, e por isso  disse Paulo “tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8:28); pois já antes explicara: “os que são segundo a carne, põem sua mente nas coisas da carne, mas os que são segundo o Espírito, põem sua mente nas coisas do Espírito: a mente da carne é morte, mas a mente do Espírito é Vida e Paz” (8:5-6). E não é necessária grande evolução para obter-se isso. Seja a massa magnética grande ou pequena, a força magnética a acompanha sempre proporcionalmente, e portanto “o quociente de um pelo outro é uma constante".

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