ESTUDO DE TÉCNICAS DE MEDIUNIDADE [PASTORINO-KARDEC]
EFEITOS DA BIOLOGIA NAS COMUNICAÇÕES MEDIUNICAS
42 - MEDIUNIDADE CONSCIENTE
Toda mediunidade que passa através do córtex, impressionando os neurônios, é dita “consciente”, porque o médium
toma conhecimento, na consciência “atual”, do que se está passando
nele; a tal ponto que, freqüentemente não consegue distinguir se é ele
mesmo ou o “outro” por intermédio dele, que está pensando, falando ou
agindo. Se, ao invés, as células corticais não são impressionadas, a
criatura não toma conhecimento do que se passa: é a mediunidade
“inconsciente”. O mesmo se dá com o mecanismo dos órgãos internos:
coração, fígado, intestinos, estômago, rins, baço, etc.; todo o comando
que rege esses órgãos é feito sem qualquer registro, no córtex; daí
serem todos os movimentos e a atuação desses órgãos, “inconscientes”
para nós. Só se algo de anormal lhe lhes sucede, necessitando eles de
uma ajuda “externa”, é que há comunicação por meio do córtex, com a
sensação sumamente desagradável chamada “dor”. A dor é um toque de
campainha pedindo auxílio e levando ao consciente o conhecimento de uma
irregularidade que precisa ser sanada. Isso esclarece suficientemente
que não depende do médium que sua mediunidade seja consciente ou
inconsciente. Trata-se de um fator independente de sua vontade, e cujo
mecanismo é governado por meios que a ciência “oficial” ainda
desconhece. Aliás, toda a estrutura cerebral ainda é pouco conhecida da
ciência médica, que não tomou contato oficial com o principal agente,
que é o espírito. Só quando o fizer, poderão explicar- se muitos
fenômenos naturais e mediúnicos, que hoje constituem “hipóteses de
trabalho”. Por exemplo: não será a substância branca do cérebro o elo de
ligação não apenas dos hemisférios entre si e das diversas áreas do
mesmo hemisfério, mas do físico com o astral? As sensações percebidas
pelo córtex não passarão deste para a substância branca, primeiro, para
desta passar ao perispírito? Seria tão pouco ativa essa porção tão
grande do cérebro, justamente sua parte mais delicada, uma massa quase
fluídica? Reconhece a ciência médica que aí se dão os raciocínios, etc.
Seria melhor dizer: aí são registrados os raciocínios do espírito. Se
cortando as fibras de associação pode mudar-se a personalidade de uma
criatura, não será porque se desligam essas fibras, impedindo que o
espírito possa agir plenamente através do cérebro? Muita coisa há,
ainda, por descobrir. Uma pergunta apenas: se a retina fixa a imagem de
uma pessoa de 1,70 m de altura de cabeça para baixo com 1 mm de altura, e
o quiasma óptico a leva às circunvoluções occipitais, colocando-a de
cabeça para cima, mas ainda com 1 mm de altura (onde se forma essa
imagem?), como é que VEMOS a pessoa com 1,70 m? Não é no cérebro! Onde
é? Só pode ser no espírito. Por onde chega ao espírito? Não será por
meio da “substância branca”, cujo funcionamento ainda é obscuro e
sujeito a hipóteses? Recordemos que, em estado de vigília, o cérebro
pode registrar cem milhões de sensações por segundo, produzindo nada
menos que três bilhões de impulsos nervosos por segundo!
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