CHAKRA CORONÁRIO - LIGAÇÃO COM O ASTRAL SUPERIOR - TELEPATIA


ESTUDO DE TÉCNICAS DA MEDIUNIDADE [PASTORINO-KARDEC]
O CORPO ASTRAL E A MEDIUNIDADE
90 - CHAKRA CORONÁRIO - LIGAÇÃO COM O ASTRAL SUPERIOR - TELEPATIA 
Também chamado SAHASRARA, está situado no alto da cabeça, na direção da glândula pineal, a que corresponde. É um exaustor com 12 pás no centro e com 960 pás na periferia, dai ser também chamado “lótus de mil pétalas”. Sua cor predominante e seu brilho variam de acordo com seu desenvolvimento e, portanto, com a evolução da criatura. Seu despertamento é importantíssimo, para que não receba vibrações do astral, mas somente do mental. É através do coronário que recebemos a Luz do Alto, e que em nós penetra a Onda Espiritual do Logos. Os primitivos cristãos conheciam bem sua força, tanto que os monges ocidentais (à imitação do que sucedia com os orientais: egípcios, chineses, hindus, tibetanos etc.) raspavam a cabeça como um símbolo: afastavam os cabelos, isto é, todos os empecilhos materiais, para que a ligação com o Espírito e o recebimento de Luz fosse a mais perfeita possível. Com a “moda” dos cabelos compridos, a igreja permitiu que seus sacerdotes e monges a seguissem, mas impôs que, pelo menos, no alto da cabeça, permanecesse um círculo raspado (a “tonsura”), feita antes que o candidato ao sacerdócio receba a primeira ordem, chamada “menor” (ostiário), como indício de que abandonava a materialidade, tornando-se “clérigo” (escolhido), e se dedicava daí por diante ao Espírito, podendo receber as sete sagrações, quatro menores e três maiores. Ao recebê-la, aquele que se supunha tivesse obtido a união mística recebia também novo nome, pois passava a pertencer à família do Deus a que servia.
O chakra coronário é o sintonizador das ondas do plano mental recebidas por telepatia, quer provenham elas de fora, de espíritos desencarnados, quer das “noúres” (P. Ubaldi), correntes de pensamento que constituem a “noosfera” (Teilhard de Chardin), por meio da mente da própria criatura encarnada; neste caso, a Mente transmite a intuição que é recebida pelo “ponto de contacto” do Eu profundo, situado no coração, e este o transmite ao chakra coronário, o qual o transfere à pineal, para que esta o leve ao cérebro, que transformará a idéia ou intuição em raciocínio. Neste ponto é que com muita freqüência morrem as intuições rejeitadas pelo intelecto vaidoso, que não as aceita.
Aqui, mais uma vez, queremos chamar a atenção a respeito da diferença que fazemos entre Mente (espiritual) e Intelecto (cérebro da personagem). O homem é constituído de uma Centelha divina com Sua Mente, que se individualiza num Espírito, que se encontra no caminho evolutivo. Para progredir, o Espírito plasma para si, por condensação, uma personagem (conjunto de intelecto, astral, etérico, e físico denso). O somatório total (Centelha-Mente e Espírito-Intelecto-Astral-Etérico-Físico) é o HOMEM com um “espírito” reduzido em suas proporções por sua prisão no cérebro físico: é o denominado “eu” pequeno, com a consciência atual. A personagem é o Espírito (Mente-Centelha) condensado na matéria. Ora, condensar é REDUZIR. Compreendamos, então, que o Espírito (Mente-Centelha) são ilimitados, quase “infinitos”, e a personagem é uma condensação dentro do Espírito-Mente-Centelha. Portanto, o Espírito-Mente-Centelha NÃO ESTÃO localizados dentro do homem, mas ao contrário, o HOMEM é que está condensado DENTRO DO Espírito-Mente-Centelha que são ilimitados, e existem fora do tempo e do espaço.
Podemos esclarecer com um exemplo grosseiro. Suponhamos que no Oceano Atlântico suas águas condensaram um pequeno cristal de sal que continua mergulhado nas águas ilimitadas do Oceano e por elas permeado. O cristal de sal seria nosso corpo, nossa personagem, e o Oceano Atlântico seria o Espírito-Mente-Centelha. Mas no pequeno Cristal de sal há um ponto, um foco que serve de ligação entre ele e o Oceano. Assim há, no homem, um átomo espiritual no coração, que serve de ponto de contacto com a nossa Mente Ilimitada, com o Eu Profundo. Se no cristal de sal houvesse um pequeno átomo espécie de antena, que recebesse as vibrações do Oceano e as registrasse, seria como ocorre conosco: o chakra coronário é a antena que recebe as vibrações de nossa Mente, imensa e ilimitada porque fora do espaço e do tempo, por estar sintonizada com ela.
Pela chakra coronário, os médiuns recebem as comunicações por ondas mentais, isto é, intuitivas, telepáticas. O Espírito comunicante pensa (em qualquer idioma) e através do chakra coronário e do corpo pineal o médium capta esse pensamento (em sua própria língua) e o transforma em palavras e frases (com seu próprio vocabulário). Aí não há necessidade de o Espírito estar próximo ao médium: pode este achar-se no Rio de Janeiro e o Espírito em Recife, ou o médium em São Paulo e o Espírito na Sibéria.
Se houver SINTONIA, haverá recebimento de comunicação mediúnica. Mas as palavras, os termos, o vocabulário, o sotaque, as frases serão DO MÉDIUM que recebe as idéias e as veste de forma e não o ditado de frases construídas pelo Espírito.
Daí poder o médium transmitir a mensagem como preferir ou como tiver mais facilidade, quer pela escrita (psicografia não-automática) quer de viva voz (psicofonia consciente). Daí também poderem dois médiuns, ou mais até, cuja sintonia se equivalha, poderem captar a mesma mensagem, ditada pela mesmo Espírito, embora um médium esteja em Porto Alegre e outro em Manaus. O desenvolvimento do chakra coronário só é conseguido através da evolução.
O pleno desenvolvimento dá a iluminação mental e a criatura atinge o nível de Buddha, como ocorreu com Sidharta Gautama. Daí ser Ele representado com uma saliência no alto da cabeça, símbolo de sua iluminação através do coronário. A igreja também conhecia esse símbolo e colocava em redor da cabeça de seus homens iluminados (santos) uma auréola dourada, que é a cor da aura dos indivíduos muito evoluídos.

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