LIGAÇÃO DIRETA NA PSICOFONIA

ESTUDO DE TÉCNICAS DE MEDIUNIDADE [PASTORINO-KARDEC]
EFEITOS DA BIOLOGIA NAS COMUNICAÇÕES MEDIÚNICAS
71 - LIGAÇÃO DIRETA NA PSICOFONIA

O comando mediúnico da palavra, que é o que interessa estudar neste trabalho, pode ser distinguido de vário modos. Quando o espírito se liga fluidicamente a um chakra, pode o médium perceber as sensações e idéias, mas quem fala é o próprio médium, plasmando em sua mente as palavras que fala ou escreve. Quando o espírito inspira as idéias (influindo no corpo pineal através do coronário, ou na hipófise através do frontal, etc.), também é o médium que fala por si mesmo, traduzindo as idéias recebidas. Quando, todavia, o espírito quer falar por si mesmo, pode ligar-se fluidicamente a um chakra, mas terá que, concomitantemente, obter o comando da “linguagem falada”, na zona extrapiramidal do sistema córticobulbar no frontal inferior, o que é conseguido não diretamente, mas através do sistema nervoso. Isso o espírito pode conseguir automaticamente, por impulsos eletromagnéticos lançados no plexo nervoso. Entendemos por que, se o comunicante é de baixo teor vibratório, o médium permanece com pequena cefalalgia na base do frontal. Mas, quando o espírito é de maior evolução, pode, também, agir diretamente no chakra laríngeo. Neste caso interfere no plexo carotídeo (e por isso o médium tem a impressão de “ouvir dentro da cabeça” as palavras que vai falar ou escrever, frações de segundo antes de externá-las). Também a glândula tireoide é ativada, ocorrendo-lhe o mesmo fenômeno que ocorre quando a pituitária lhe envia seu estímulo, isto é, o iodo armazenado é distribuído mais ativamente a todo o organismo através do sangue, e novo iodo é produzido e estocado. Por esse motivo, o exercício mediúnico da psicofonia traz sempre vantagem para o médium, pois a produção e a maior quantidade de iodo no organismo lhe assegura saúde mais estável e inteligência mais viva. Observem em si mesmos aqueles que praticam a. mediunidade psicofônica, e verifiquem se a saúde não lhes permanece cada dia mais equilibrada e, sobretudo, se não percebem que adquirem maior capacidade de compreender e de explicar as coisas; numa palavra, se seu intelecto não se torna cada vez mais lúcido, mesmo quando a cultura não é muito grande. Anotemos, todavia, que o mais freqüente é o médium falar por si mesmo, traduzindo, apenas, as idéias do comunicante. Daí só falar, geralmente, nas línguas que conhece fora do transe. Só quando o espírito comunicante assume o comando da área de Brocá é que o médium manifesta o fenômeno da xenoglossia (ou glossolalia, que é expressar-se em línguas normalmente desconhecidas pelo médium). O fenômeno é bastante raro. E ocorre uma duplicidade de comportamento: ou o médium fala (ou escreve) um idioma desconhecido e nada entende do que está dizendo; ou, enquanto fala uma língua, embora para ele totalmente desconhecida, vai entendendo o que diz; neste caso, enquanto o espírito comunicante comanda a área de Brocá, ao mesmo tempo realizam-se ligações com o giro superior do lobo temporal, e as idéias são percebidas pelo médium que pode, depois, traduzir por si a mensagem recebida, porque o sentido foi gravado na memória cerebral.

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