MASSACRE DOS INOCENTES

NOTA: Depois dos Estudos de TÉCNICAS DA MEDIUNIDADE estamos aptos para entender e continuar os estudos dos EVANGELHOS A LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA, interrompidos, a pedido, para que fizéssemos o estudo da mediunidade depois das 106 postagens efetuadas em dezembro de 2013, no meu Mural e no Blog e no PERFIL da minha Página do G+. Reiniciemos!

ESTUDOS DOS EVANGELHOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA [PASTORINO -KARDEC]
50.1 - MASSACRE DOS INOCENTES
Mat .2:16-18
16. Herodes, vendo-se iludido pelos magos, ficou irado, e mandou matar todos os meninos em Belém e em todo o seu termo, de dois anos para baixo, conforme o tempo que tinha com precisão indagado dos magos;17. Então cumpriu-se o que foi dito pelo profeta Jeremias; 18. “Ouviu-se um clamor em Ramá, choro e grande lamento: Raquel chorando a seus filhos, e não querendo ser consolada porque eles se foram”.

Irritado, por não poder por suas mãos em Jesus, Herodes manda degolar todos os meninos de menos de dois anos. Não se limitou a Belém, mas foi a todo o território adjacente, embora não seja provável que tivesse atingido a outras aldeias circunvizinhas. Quantas crianças? Os melhores cálculos estatísticos asseguram que não devem ter sido muito mais do que 20 (vinte) crianças. Que era isso, para quem já mandara assassinar seu genro, seus filhos Alexandre e Aristóbulo, sua esposa Mariana, e que, pouco depois, mandaria matar o outro filho Antipater, tendo ordenado que, à sua morte, fossem assassinados no anfiteatro de Jericó os homens notáveis da cidade, afim de que houvesse lágrimas em seus funerais? Esses meninos, segundo revelações espirituais modernas, seriam a reencarnação dos homens que, sob as ordens de Elias (o futuro João Batista, que também morreria à espada) haviam degolado os 450 sacerdotes de Baal junto à torre de Kishon (1 Reis, 18:40 e 19:1). Elias, o responsável, morreria adulto, para sentir o peso de seu erro, ao passo que os que lhe obedeceram pereceram também à espada, mas ainda crianças, sem terem consciência atual do que estava a ocorrer e, portanto, com sofrimento muito menor. A Lei de Causa e Efeito é de funcionamento rigoroso e justiceiro, conforme a descreve Moisés: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe (Êx. 21:23-25). A frase de Jeremias (31:15) constitui uma figura de retórica (prosopopéia), em que o profeta evoca a lembrança de Raquel, mãe de José e de Benjamin, a chorar quando os israelitas, séculos depois, estavam prisioneiros de Nabucodonozor, na cidade de Ramá, (da tribo de Benjamin) a cerca de 10 quilômetros ao norte de Jerusalém. Jeremias a imagina a chorar pelos filhos, tendo em vista que a tradição colocava ali o túmulo de Raquel. O fato nada tem que ver com o massacre dos pequenos betlemitas, não sendo propriamente uma profecia. Simples coincidência que ele aproveita, pela semelhança dos fatos.

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