VIDÊNCIA ASTRAL

ESTUDO DE TÉCNICAS DE MEDIUNIDADE [PASTORINO-KARDEC]
EFEITOS DA BIOLOGIA NAS COMUNICAÇÕES MEDIÚNICAS
66 -VIDÊNCIA ASTRAL

Explica-o a Ciência Espírita. Ao córtex cerebral, na área visual, chegam os impulsos nervosos, conforme a ciência médica conclui, baseando-se no fato de que aí terminam os nervos ópticos e na experiência comprovada de que um trauma nesse local causa cegueira irrecuperável. Ora, de acordo com a hipótese que formulamos, os impulsos daí se transmitem à substância branca, passando desta ao corpo astral; só no corpo astral é que os impulsos nervosos se transformam de novo em imagem, retomando a grandeza real, e isto porque a mente espiritual, que se projeta muito além do corpo físico, abrange a figura observada e a localiza no espaço real em que se encontra no plano material. O corpo astral não possui órgão especializado para receber vibrações visuais; sendo todo ele constituído de larga faixa de freqüência, que vai em escala ascendente desde a matéria (sistema nervoso) até o espírito, tem a capacidade de registrar os impulsos das vibrações luminosas em qualquer parte de sua constituição: basta-lhe sintonizar aquela freqüência. Transforma, pois, os estímulos nervosos em imagem. Não é o olho físico que “vê”, prova-o o cadáver, em cuja retina não mais se convertem as imagens em impulsos nervosos. Na pessoa viva, a impressão luminosa causa uma depleção e restauração do pigmento visual dos fotorreceptores (descoramento e regeneração do pigmento visual dos fotorreceptores (descoramento e regeneração da rodopsina, que é o pigmento foto-sensível) e isso dura um centésimo de segundo (duração “crítica”). Algo que dure menos, não será conscientemente visto, a não ser sob fortíssima luminosidade (flash eletrônico). Quanto menos luminoso o estímulo, mais tempo terá que permanecer para ser percebido. O fato de os bastonetes serem mais numerosos e compactos nas paredes laterais, sendo também mais sensíveis, explica por que as vidências dos “espíritos”, quando realizadas através do globo ocular, sejam mais bem vistas se não as olharmos de frente. Se percebemos, lateralmente, uma pessoa encarnada, voltamo-nos de frente, encarando-a, para vê-la melhor. Se ocorrer percebermos um “espírito” com o lado dos olhos, não nos voltemos de frente para ele: se o fizermos, a “visão” desaparecera, porque, focalizando-a na fóvea, a colocaremos no feixe de cones que a não perceberão, pois precisam de mais luz. Tanto assim que, em ambiente escuro, fixamos melhor os objetos ou a pessoa de lado, para que a imagem se forme nas paredes laterais da retina. Mas a vidência mais comum dos planos astrais só é sensível à hipófise (formas astrais) ou à epífise (“espíritos”), não passando pelo globo ocular. Isso, porém, faz parte de outro capítulo.

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