ANALISE ESPÍRITA DA 1ª TENTAÇÃO DE JESUS- LUXOS E POMPAS

ESTUDOS DOS EVANGELHOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
[PASTORINO-KARDEC]
103 – A TENTAÇÃO DE JESUS
103. 10 – ANALISE ESPÍRITA DA 1ª TENTAÇÃO DE JESUS- LUXOS E POMPAS

1.º TENTAÇÃO - O egoísmo na luta da sobrevivência e do bem estar, da satisfação das necessidades básicas da criatura humana: a fome, o repouso, as ânsias fisiológicas do sexo, as angústias das sensações chamadas físicas, mas na realidade pertencentes ao duplo etérico. Então, o Espírito é instado a ceder aos desejos egoísticos dos sentidos do eu menor dando-lhe a alimentação que o satisfaça, simbolizada no pão que mata a fome. O ato de matar a fome faz bem compreender a índole dessa tentação, muito mais vasta que a simples fome estomacal: trata-se de SACIAR os instintos inferiores do etérico que se manifesta através do corpo denso. Além disso, outro aspecto transparece: preso no mundo material das formas, o espírito (personalidade) tenta transformar as pedras (que exprimem os ensinamentos interpretados à letra) em pão, isto é, em alimento. Explicamos: o espírito, ao invés de adorar espiritualmente (em Espírito de verdade, Jo. 4:23 e 24) , pretere a exteriorização material da religião, que lhe possa satisfazer aos sentidos físicos, aos instintos sensoriais, emocionais e intelectuais, e por isso transforma os vãos do espírito em pães materiais, visíveis e sensíveis, chegando ao clímax de pretender transformar o próprio Deus em pão. Todo seu espiritualismo reduz-se a liturgias e ritos, a atos externos e poderes ocultos de magia, de vaidade, de vestimentas diferentes e exóticas, de tudo o que satisfaça à separação, ao luxo, à ostentação da pompa de satanás. (que é exatamente a vaidade das criaturas humanas), assim, a espiritualização nesse grau visa à elevação do próprio eu pequeno, em detrimento de todos os outros eus, julgados outras pessoas. E a criatura cega transforma os preceitos evangélicos, interpretados ao pé da letra (pedras) em satisfações egolátricas de instinto que lhes saciem a fome de vaidade (pães). O combate a essa tentação é feito pela autodisciplina, isto é, pela disciplina que o Espírito, guiado pelo EU REAL impõe ao eu menor, fazendo-lhe ver que o Homem (integral) vive de tudo o que vem de Deus, desse Deus residente no coração do homem, e não apenas das exterioridades transitórias da personalidade efêmera.

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