HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE - A INGRATIDÃO

 
HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE - A INGRATIDÃO

Precisamos nos ater ao que diz o título da lição. Honra a teu pai e a tua mãe. Conseqüência da lei de caridade e do amor ao próximo, nos leva a entender como podemos praticar a lei de amor se não amarmos ao nosso pai e nossa mãe? O imperativo honra nos impõe mais um dever para com eles, qual seja, o da piedade filial. Não devemos nos ater somente ao fato de providenciar as necessidades materiais dos pais, mas devemos sim ir além, dando-lhes o devido carinho e ternura que nós mesmos nos sentimos carentes em nossa própria jornada, seja dos pais e mesmo de nossos filhos. Precisamos, acima de tudo, devotar-lhes o respeito de que são credenciados, seja pela idade, seja pela própria condição de mais experientes e orientadores das nossas vidas. Respeito esse que deve ser estendido aos mais pequeninos atos de solicitude para com eles. Aquele mesmo devotamento que um dia fomos beneficiados por eles. Acima de tudo, com os pais que não tem nenhum recurso e portanto, mais carentes e sensibilizados. Aqui não se trata de providenciar o estritamente necessário, porém algumas coisas que possa lhes possibilitar um conforto, mesmo satisfação de desejos íntimos , da generosidade e solicitude dos filhos em relação às suas mais simples necessidades ,tais como a leveza de um passeio numa manhã no parque. Satisfação do supérfluo, amabilidade, carinho. Precisamos ter em mente que eles foram os nossos alicerces na infância frágil, passaram muitas vezes noites em claro a nosso benefício, muitas vezes deixaram de se alimentar para nos alimentar, e nada nos cobraram, fizeram sim com alegria, e ainda tivesse algum pai mal tratado o filho não cabe a este o julgamento, pois Deus não nos outorgou juízo para tal. E mesmo porque Jesus nos inspirou que devêssemos perdoar sempre. Jesus sempre aproveitou as oportunidades para nos ensinar o amor universal, e neste capítulo, iremos encontrar Jesus perguntando quem eram seus pais, o que pareceria contraditório, mas referia-se Jesus aqui ao ensinamento das nossas famílias espirituais e materiais. Muitas das ocorrências que não entendemos nas relações familiares da Terra, podem ser compreendidas por esse ensinamento, pois os Espíritos se unem em famílias espirituais assim como as materiais, pelas suas semelhanças de idéias e avanço morais. Aproveitam a oportunidade encarnatória para se reunirem aqui, assim como no mundo dos espíritos. Precisamos entender também que as relações familiares dificultosas representam os desníveis evolutivos de seus membros, bem como as relações mal resolvidas das diferentes oportunidades reencarnatórias, e ainda que devemos cuidar para que as nossas diferenças sejam saneadas o quanto antes enquanto estamos encarnados para não provocarmos um desfecho obsessivo, desta forma também as relações familiares precisam ser encaradas. Não desencarnamos sem as nossas mazelas pelo contrário, às vezes até se multiplicam ao entrarmos no mundo dos espíritos, o que gera muitas vezes o nascimento de filhos dificultosos ou ainda os nascimentos de filhos harmonizados em meio a pais problemáticos. É preciso muita atenção, pois depois que praticamos os atos é preciso tempo e sofrimento para ressarcirmos os nossos irmãos prejudicados. “Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior. É necessário aplicar-se em estudá-los. Todos os males têm sua origem no egoísmo e no orgulho. Observem os menores sinais que revelam os germens desses vícios, e dediquem-se aparecerem na árvore. Se deixarem que o egoísmo e o orgulho se desenvolvam, não se espantem de serem mais tarde pagos pela ingratidão.”Santo Agostinho,Paris, 1862.

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