AMOR AO PRÓXIMO


AMOR AO PRÓXIMO

"Busquemos as criaturas, acima de tudo, pelas obras com que beneficiam o tempo e o espaço em que nos movimentamos. Porque um dia compreenderemos que o melhor raramente é aquele que concorda conosco, mas é sempre aquele que concorda com o Senhor, colaborando com ele na melhoria da vida, dentro e fora de nós." Pensemos nisso!

À orientação do cristo para que amemos o próximo como a nós mesmos é fácil de ser repetida, mas ainda está um tanto distante de ser vivida. Quando Jesus faz essa recomendação, não estabelece nenhuma condição, simplesmente recomenda que amemos. Todavia, temos a tendência de consagrar a maior estima apenas àqueles que leiam a vida pela cartilha dos nossos pontos de vista.
Nosso devotamento costuma ser caloroso para com os que concordam com o nosso modo de ver, com nossos hábitos enraizados e princípios sociais. Esquecemo-nos de que nem sempre nossas interpretações são as melhores, nossos costumes os mais nobres e nossas diretrizes as mais elogiáveis.
É importante quebrar a concha do nosso egoísmo para dedicar amor ao próximo conforme o recomenda Jesus. Não pela servidão afetiva com que se ligam ao nosso roteiro pessoal, mas pela fidelidade com que se dedicam em favor do bem comum.
Se amamos alguém tão-só pela beleza física, provável encontremos amanhã o objeto de nossa afeição a caminho do monturo.
Se estimamos em algum amigo apenas a oratória brilhante, é possível que ele esteja em aflitiva mudez, dentro em breve.
Se o móvel da nossa suposta afeição são os bens materiais, lembremos que estes são passageiros como as flores de um dia.
É preciso aperfeiçoar nosso modo de ver e de sentir, a fim de avançar no rumo da vida superior. É bem verdade que existem pessoas com as quais não trocamos afetividades. Diríamos até que sua simples presença nos causa aversão. Todavia, se não as conseguimos amar, é importante que não lhes desejemos o mal. Que quebremos de vez por todas as pesadas algemas do desafeto, não lhes enviando vibrações negativas.
Jesus recomenda que amemos os nossos inimigos, mas, dedicar amor aos inimigos ainda é muito difícil no atual estágio evolutivo da terra. Todavia, não é impossível. Basta que comecemos a ver nossos supostos inimigos como irmãos que carecem do amor de Deus tanto quanto nós.
O primeiro passo é intensificar o afeto aos que nos são simpáticos. Depois, dedicar atenção aos que nos são indiferentes: porteiros, carteiros, frentistas, ascensoristas, entre outros. Em seguida, tolerar os que nos causam aversão. Assim, quando menos esperarmos, o amor ao próximo já será uma constante em nossos corações. É preciso dar o primeiro passo e continuar firmes. Eis aí um grande desafio!

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Fonte Viva  cap. 24 - Pelas Obras, Ed. FEB.

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