VIDAS SEM RUMO


VIDAS SEM RUMO

* Quem não sabe aonde pretende ir não chega a lugar algum. Corre o risco de andar em círculos ou, ainda, de acabar sofrendo riscos e dores desnecessárias. Planeje, no presente, o seu futuro. Trace rumos seguros para sua vida.* PENSE NISSO!

Era um sábado de sol e uma família aproveitava o início do verão para fazer um passeio diferente. Informados de que uma ilha, situada à meia hora de barco do litoral, era um lugar agradável e belo, não hesitaram.
O pai comprou as passagens de barco, a mãe arrumou as crianças e chamou a vovó para compartilhar do passeio. Nas mãos uma mochila com alguns apetrechos de praia para garantir um dia tranquilo. E só.
Não se informaram sobre o que realmente encontrariam, nem sobre o que deveriam levar para passar o dia. Não se inteiraram também sobre o que havia para ser visto e se tinha algum tipo de guia no local para facilitar-lhes a empreitada.
Quando desembarcaram não atentaram para os demais passageiros, para onde iriam, ou que rumos tomariam. Discutiam entre si para decidir o que fariam e, por fim, acabaram tomando uma trilha, dentre as muitas que havia, e caminharam muito, sem saber sequer para onde se dirigiam.
Passaram por pequeninas vilas, cruzaram riachos e pontes, até alcançar uma praia pequena, sem movimento e sem grandes atrativos. Os mosquitos e o sol inclemente tornaram o passeio ainda mais difícil. A ausência de um local apropriado para o almoço, para um descanso, também foi motivo de discussão entre os membros da família. Horas depois de terem desembarcado, o único desejo de todos era retornar ao barco e voltar o mais rápido possível para casa. Não conseguiam conceber como alguém poderia ter, em sã consciência, recomendado um programa como aquele. Quando, enfim, conseguiram encontrar o caminho de volta e localizaram o trapiche onde haviam desembarcado, puderam sentar-se à sombra e comprar água fresca para beber.
Todos cansados e irritados, começaram a perceber as pessoas em volta e notaram os comentários que faziam a respeito da ilha. Uns falavam ter adorado a vista do morro onde ficava o farol. Mas, de que farol falavam? Outros diziam que a fortaleza construída há mais de duzentos anos era um espetáculo à parte. Fortaleza? Onde fortaleza? Falavam também de praias de águas mansas e transparentes onde as crianças podiam brincar sossegadas. Onde, afinal, ficavam tais praias? Quando a família se alojou no barco que a levaria de volta ao continente, pai, mãe, avó e filhos se entreolharam e se deram conta de que haviam desperdiçado o dia. Perceberam que por falta de planejamento, de diálogo e de cuidado, deixaram de conhecer as belezas daquele lugar, e que haviam sofrido desnecessariamente. Esboçaram um sorriso sem graça e voltaram para casa em silêncio, pensativos e desapontados.

Muitos também passamos pela vida assim. Vivemos por viver, sem saber ao certo o que fazer dessa oportunidade abençoada. Não planejamos nossas condutas e repetimos mil vezes os mesmo erros, insistindo em antigos vícios. Não sabemos o que queremos alcançar, quem queremos ser, e assim desperdiçamos horas, dias, anos... Desperdiçamos vida.
Pense nisso! 
Equipe de Redação do Momento Espírita.

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