A VONTADE DIRIGIDA


A VONTADE DIRIGIDA

ATENÇÃO AMIGOS: Depressão ou vontade dirigida? Emmanuel nos fala de “Obsessões Sutis”. Nossa forma-pensamento dirigida para a ausência de vontade de sermos uteis , de viver, pode ser por influenciação ou por nossa própria vontade. Muitos de nós se faz de vítima e não percebe que pode a cada dia se tornar mais infeliz. PENSE NISSO! E MUDE SUA VONTADE PARA O BEM! MUITOS PRECISAM DE NÓS! AJA! SEJA ÚTIL! VIVA! Leiam com atenção!

O psiquiatra recebeu em seu consultório um paciente com depressão aguda. Segundo a família, ele estava naquele estado há mais de 5 anos e já havia  tentado suicídio várias vezes. Agora estava ali, diante do médico, em busca de um remédio que o curasse de  forma instantânea.

O médico, acostumado a todo tipo de paciente, olhou-o no rosto e falou com  firmeza: "Tenho duas notícias para lhe dar. Uma delas é que ainda não existe  um remédio para a sua doença."
O paciente contorceu-se na cadeira, e perguntou um tanto irritado: "e a  outra notícia?"
"Bem, a outra notícia é que a sua cura depende da sua vontade". "Como assim, Doutor? Eu não tenho vontade para nada. Não tenho vontade de  trabalhar, nem de comer, nem de falar com pessoas. A vida não tem mais  sentido para mim."
O psiquiatra, que o observava com atenção, lhe falou com voz muito firme:  "você está cheio de vontade." Aí o paciente não se conteve, deu um murro sobre a mesa e retrucou nervoso:
"o senhor está brincando comigo? Eu já lhe disse que não tenho vontade,  Doutor."
Sem se alterar, o médico voltou a afirmar: "o senhor tem muita vontade, sim.  Tem vontade de não trabalhar, de não comer, de dormir, de não falar com  ninguém, e vontade de se isolar do mundo." "Mas a vida não tem sentido para mim". Tornou a dizer o paciente.
O médico, conhecedor das causas que levam a pessoa a esse estado de ânimo,  disse-lhe: "você está é com raiva do mundo e por isso deseja matar-se, para  punir aqueles que o infelicitaram e que não consegue perdoar."
Nesse momento o homem quase teve um surto. Levantou-se e gritou,  enlouquecido: "Eu nunca vou perdoá-los! Meu patrão me despediu, acabou com a  minha vida, meus irmãos me roubaram a herança e..." E desfilou uma lista de nomes de pessoas que odiava com toda força de seu  ser.
Então o psiquiatra voltou a dizer: "somente quando você perdoar conseguirá  se livrar desse ácido que o corrói e o está matando, dia após dia." E aquele homem enorme, falou entre dentes: "eu nunca vou perdoá-los". O médico aproveitou a oportunidade para reafirmar ao seu paciente que ele  estava cheio de vontade, mas dirigida para a própria infelicidade.

Vale a pena meditar sobre a direção que estamos dando a nossa vontade. Até quando dizemos que não temos vontade, estamos usando nossa vontade para  não sentir vontade. Se dizemos que não sentimos vontade de viver, podemos afirmar que, na  verdade, estamos com vontade de não viver. Estamos com vontade de fugir do mundo, com vontade de dormir, de ficar num  quarto fechado, com vontade de morrer... Mas a vontade está ativa. Somente está sendo dirigida para onde nossa razão  desejar.

Se você ainda não havia pensado por esse ângulo, pense agora. Lembre-se de que a vontade é uma força neutra que existe em nós, capaz de  definir nossas ações. Basta que saibamos dirigir essa força de acordo com  nossa escolha. Se escolhemos ter vontade de morrer, podemos direcionar essa força para a  vontade de viver. A força não se altera, mas alteramos a direção.
Se escolhemos ter vontade firme de não perdoar, de manter o desejo de  vingança, podemos dirigir essa força para a indulgência, para o perdão. O que geralmente acontece, é que sentimos prazer mantendo esse estado de coisas. Sentimos prazer em chamar a atenção dos outros, fazendo-nos de vítimas.

Essa autopiedade é extremamente perigosa, pois pode nos levar a situações de  maior infelicidade ainda. Por todas essas razões, vale a pena direcionar a nossa vontade com lucidez.
Com o desejo sincero de construir a nossa felicidade efetiva, sem o prazer  mórbido de infelicitar aqueles que nos infelicitam. Pense nisso, mas pense agora!

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em palestra do Dr. José  Roberto Martinez, no Teatro da FEP, em 03/04/2005.

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