COMO FAZER ALGUÉM FELIZ
AMIGOS PRESTEM MUITA ATENÇÃO: Pode ser que você não tenha
dever de psicologia para fazer em casa. Pode ser que você nem esteja estudando.
Não importa. Na universidade da vida, o curso não acaba nunca. Sempre é tempo
de aprender e exercitar. Por isso, tente hoje, fazer alguém feliz. Pode ser seu
filho, sua esposa, sua mãe. Que tal um amigo, um irmão? Simplesmente alguém que
transite em seu caminho. Observe, ofereça seu tempo, sua companhia. Faça um
comentário gentil. Abrace, beije, converse. Proponha um passeio. Um programa
diferente. E descubra como é bom fazer alguém feliz. LEIAM COM FAZER UMA PESSOA
FELIZ E PENSEM NISSO, MAS PENSEM E AJAM AGORA!
Aquele professor era diferente de todos os demais. Os deveres de casa que ele
passava eram sempre surpreendentes. Criativos. Enquanto os outros professores
nos mandavam responder perguntas ao final do capítulo ou solucionar os
problemas de números tal a tal, ele tinha tarefas bem diversas para nossa
classe. Naquela quinta feira ele falou a respeito do comportamento como um meio
de comunicação.
"Nossos atos falam mais do que as palavras. O que as
pessoas fazem nos diz algo sobre o que estão sentindo", afirmou. "Agora,
como dever de casa, vejam se conseguem mudar uma pessoa, massageando o ego dela
o bastante. Tanto que vocês percebam uma mudança em seu comportamento. Na
próxima aula, vocês relatarão seus resultados."
Quando cheguei a casa, naquela tarde, olhei para minha mãe e
vi que ela estava sentindo muita pena de si mesma. Os cabelos lhe caíam sobre o
rosto. A voz parecia um lamento. Enquanto preparava o jantar, ela ficou
suspirando. Quando cheguei, não falou comigo. E assim eu também não falei com
ela. O jantar foi triste. Papai estava sem vontade para falar. Foi aí que
decidi colocar em ação o dever de casa.
"Mãe, sabe aquela peça que o clube de artes dramáticas
da universidade está encenando? Por que você e papai não vão assisti-la hoje à
noite?" "Esta noite não dá", disse logo meu pai. "tenho uma
reunião importante." "Naturalmente", foi a resposta seca de
minha mãe. "Bem, por que não vai comigo?" - quando acabei de formular
a pergunta, me arrependi. Imagine: um rapaz do segundo grau sair à noite com
sua mãe. Mas agora não havia mais conserto.
Ela perguntou toda animada: "De verdade? Rapazes não
costumam sair com as mães." Eu engoli em seco antes de tornar a falar: "não
existe nenhuma lei dizendo que a gente não pode sair com a mãe. Vá se
arrumar." Ela carregou uns pratos até a pia. Seus passos estavam mais
leves, em vez de arrastados. Papai e eu lavamos a louça e ele comentou o quanto
eu era um filho atencioso e gentil.
Deprimido, eu pensei: "tudo por causa da aula de
psicologia." Mamãe voltou para a cozinha, mais tarde, parecendo cinco anos
mais nova. Parecendo não acreditar no que estava acontecendo, ela insistiu:
"você tem certeza de que não vai sair com ninguém esta noite?"
"Agora eu vou. Vamos nessa!"
A noite não foi tão desagradável como eu pensara. A
maioria dos meus amigos certamente fez algo de mais empolgante naquela noite do
que assistir uma peça de teatro.
Ao final da noite, minha mãe estava genuinamente feliz. E eu próprio, bastante
satisfeito. Acabei me dando super bem no dever de casa. E aprendi um bocado
sobre como fazer alguém feliz.
***
Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. Como massagear um ego,
de autoria de Kirk Hill, do livro Histórias para aquecer o coração dos adolescentes
de Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Kimberly Kirberger, ed. Sextante.
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