Felizes aqueles que tiverem caminhado até o fim, felizes aqueles que tiverem perseverado, eles encontrarão o segredo que só a pouco a Ciência descobre para aqueles que trabalham sem parar!
Caros discípulos, quantas vezes ainda foram assaltados pela dúvida, quantos combates interiores não lhes é preciso sustentar com o preconceito, com o erro terrestre? Quantas vezes ainda se perguntam, com angústia, se estão com a verdade?...Todavia, vocês são espíritas convictos, devotados, sinceros!
Isso lhes prova que nada na Terra está absoluta e definitivamente resolvido, isso lhes prova que é preciso continuar o trabalho iniciado por outros, depurar ainda, aprender melhor sua doutrina, a fim de vê-la, um dia, serena e triunfante.
Não o dissimulem, amigos, o trabalho está apenas esboçado, e cabe a vocês, primeiramente, cabe àqueles que os seguirão, continuá-lo e aperfeiçoá-lo. Para que os traços do trabalho resistam, é preciso que tenham sido regados pelos suores; espíritas, lembrem-se disso.
Como os navegadores nos mares polares, vocês se sentirão, mais de uma vez ainda, cercados por esse frio, por esses gelos a que chamamos a incerteza e a dúvida, vocês se acreditarão enganados, vocês se perguntarão a verdade; mas, então, meus amigos, vocês rezarão, e o pequeno raio de luz virá dissolver o gelo e fazer desaparecer o obstáculo; vocês trabalharão, e sairão vitoriosos da luta; vocês amarão, e seu querido navio entrará de novo nas águas calmas e aquecidas pelo Sol!
Coragem, pois, espíritas, se para alguns dentre vocês, parece, de vez em quando, que o dia esteja brumoso, que se tranquilizem, a luz, a fé, a esperança não tardarão a se mostrar de novo para reconfortar e regozijar o trabalhador perseverante!
Em verdade, eu lhes digo, curvem-se sobre si mesmos, ouçam a voz interior, elevem suas almas, pratiquem as virtudes ensinadas pelas crenças e o resto lhes será dado por acréscimo!
Bem compreender a vida futura é uma recompensa, ela será o quinhão dos perseverantes e dos fortes!
REFLEXOS DA VIDA ESPIRITUAL- Comunicações dos Espíritos obtidas pela Srª W. Krell , Edições CELD, Rio de Janeiro, 2002, tradução de Maria Lúcia Alcântara de Carvalho, cap. 135, pág. 364.
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