TRABALHO E EVOLUÇÃO Emmanuel • psicografia de Francisco Cândido Xavier

TRABALHO E EVOLUÇÃO Emmanuel  •  psicografia de Francisco Cândido Xavier

Sempre que tentados a desertar de servir, alegando falhas e imperfeições, convém observar as lições lógicas da Natureza que encontra no trabalho o seu próprio caminho de evolução e aprimoramento.
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Se a semente desistisse de germinar, à face do claustro de barro que a constrange, não forneceria o fruto que alimenta o homem e, tanto melhor produz, mais atenção recebe do pomicultor.
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Se a roseira deliberasse reter as próprias flores em virtude dos espinhos que se lhe encravaram no corpo, não daria as rosas que embelezam a vida e, tanto melhor produz, mais amplo cuidado recebe do jardineiro.
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Se a fonte recusasse beneficiar o solo, porque seja obrigada a transitar sobre o leito de pedra e lama...
Se o metal resolvesse frustrar a sua própria utilidade para não suportar o cadinho fervente...
Se o animal teimasse indefinidamente em recusar a própria domesticação, alegando a extrema agressividade em que ainda se vê...
E assim por diante, todos nós os espíritos encarnados e desencarnados, em desenvolvimento na Terra, nos achamos, por agora, muito longe da condição de angelitude, enquanto que os elementos outros da natureza se encontram ainda infinitamente distantes da condição humana.
Sem dúvida, por dispormos da razão, temos o dever de melhorar-nos constantemente, mas não nos será lícito alegar defeitos e insipiência para fugir à colaboração no levantamento do bem de todos, de vez que é justamente pelo proveito de nossa vida que somos observados ou valorizados na Vida Superior.
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Amemos, assim, em nosso próprio trabalho, o dissolvente de toda sombra que ainda se nos agregue aos domínios da alma. E estejamos convencidos de que, em todos os distritos do Universo, a perfeição é a finalidade para todas as criaturas e para todas as coisas. Entretanto, para a necessária consecução disso, o trabalho é o processo imprescindível.

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