TRISTEZA QUE FERE
“A alegria espalha
bênçãos onde se manifeste. A alegria pura contamina os que estão
em volta. Por isso, recuperemos a coragem na arena de combate que a
vida diária nos impõe e vitalizemos a alegria. Quem alimenta
tristezas cria para si e para os seus um clima de intranqüilidade
que gera enfermidade. Não sejamos semeadores de sombras, antes
sejamos como o sol que sorri gentil e tudo ilumina onde se faz
presente”. LEIAM COM ATENÇÃO E REFLITAM!!!
O homem chegou em casa,
naquela noite, trazendo o mau humor que o caracterizava há alguns
meses. Afinal, eram tantos os problemas e as dificuldades, que ele se
transformara em um ser amargo, triste, mal humorado.
***
Colocou a mão
na maçaneta da porta e a abriu. A luz acesa na cozinha iluminava
fracamente a sala que ele adentrou. Deteve o passo e pôde ouvir a
voz do filho de seus quatro anos de idade: - Mamãe, por que papai
está sempre triste? - Não sei, amor, respondeu a mãe, com
paciência. Ele deve estar preocupado com seus negócios.
***
O homem parou,
sem coragem de entrar e continuou ouvindo: - Que são negócios,
mamãe? - São as lutas da vida, filho. Houve uma pequena pausa e
depois, a voz infantil se fez ouvir outra vez: - Papai fica alegre
nos negócios? - Fica, sim, respondeu a mãe. - Mas, então, por que
fica triste em casa?
***
Sensibilizado, o pai de
família pôde ouvir a esposa explicar ao pequenino: - Nas lutas de
cada dia, meu filho, seu pai deve sempre demonstrar contentamento.
Deve ser alegre para agradar o chefe da repartição e os clientes. É
importante para o trabalho dele. Mas, quando ele volta para casa, ele
traz muitas preocupações. Se fora de casa, precisa cuidar para não
ferir os outros, e mostrar alegria, gentileza, não acontece o mesmo
em casa. - Aqui é o lar, meu filho, onde ele está com o direito de
não esconder o seu cansaço, as suas preocupações.
***
A criança
pareceu escutar atenta e depois, suspirando, como se tivesse pensado
por longo tempo, desabafou: - Que pena, hein, mãe? Eu gostaria tanto
de ter um pai feliz, ao menos de vez em quando. Gostaria que ele
chegasse em casa e me pegasse no colo, brincasse comigo. Sorrisse
para mim. Eu gostaria tanto...
***
Naquele momento,
o homem pareceu sentir as pernas bambearem. Um líquido estranho lhe
escorreu dos olhos e ele se descobriu chorando. Meu Deus, pensou.
Como estou maltratando minha família. E, ainda emocionado, irrompeu
pela cozinha, abriu os braços, correu para o menino, abraçou-o
com força e lhe convidou: - Filho, vamos brincar?
***
Não
há quem não tenha problemas, lutas e dificuldades. Compete, no
entanto, saber administrá-las de forma a que elas não se tornem um
fantasma de tristeza, um motivo de auto-compaixão.
Mesmo porque
ninguém tem somente coisas ruins em sua vida. Ao lado das lutas
constantes, existem sempre as compensações que Deus providencia.
Ter um lar, esposa, filhos, família, pais amorosos é o oásis de
paz que a divindade nos concede a fim de que restabeleçamos as
forças para o prosseguimento do bom combate. PENSEM
NISSO!!!
***
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base
no livro Missionários da Luz - cap. 13.
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