UM COLAR
VALIOSO
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Não há tesouro mais valioso do que os filhos. Um
filho é a prova da confiança de Deus aos pais. Mas os filhos nem
sempre sabem que são valiosos para seus pais. É preciso dizer isso
a eles, sempre. E você, já disse isso ao seu filho, hoje?
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Usar, por alguns dias,
a pulseira da mãe, era o sonho de consumo do pequeno Rick, de seis
anos de idade. Eles eram pobres, e a pulseira não tinha muito valor,
mas tanto o garoto insistiu que a mãe lhe entregou, mas recomendou
que tomasse cuidado. Rick colocou o cordão no pulso e se sentiu o
homem mais feliz do bairro. Jogava futebol com os amigos, de
pulseira. Ia comprar pão, com a pulseira, e na escola ele exibia sua
preciosidade sempre que podia.
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As semanas se
passaram e, como sempre acontece com as crianças, um dia aconteceu
com Rick. Uma distração, e ele se deu conta de que havia esquecido
a pulseira em algum lugar. Procurou por todos os cantos e... nada.
Ele estava sozinho em casa. A mãe estava no trabalho. Mas, e quando
ela chegasse, como lhe contaria a tragédia? Mil preocupações
surgiram naquela cabeça infantil. E a mais cruel era a de ter
perdido o que ele considerava ser o único tesouro da sua mãe.
Depois de muitas cogitações, ele tomou uma difícil decisão: iria
embora de casa.
***
Jogou algumas
roupas dentro da velha sacola, e saiu porta afora. Não foi
muito longe e ouviu uma voz bem conhecida... Era o sr. Severino, um
velhinho bom que morava na vizinhança. "Hei, aonde você vai
com essa trouxa nas costas, Rick?" (preocupar-se com os filhos
alheios não é muito comum nos grandes centros, mas nos vilarejos de
gente pobre os vizinhos se importam uns com os outros.) "Vou
embora", respondeu, cabisbaixo, o menino. "Mas a sua mãe
não está em casa. É melhor você esperar que ela chegue, senão
ela ficará aflita quando não o encontrar." O garoto costumava
ouvir os mais velhos, então voltou, é claro, na companhia do velho
Severino.
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Quando a mãe
chegou já estava escuro. Mal entrou e já sentiu algo no ar, pois as
mães sempre sentem quando tem alguma coisa errada com seus filhos.
"O que houve, Sr. Severino?", perguntou logo. Ele se
aproximou e lhe falou baixinho o que havia acontecido. Ela, já
em lágrimas, entrou no quarto, onde o pequeno Rick estava
escondido, e o abraçou com ternura. "Meu filho, você ia embora
sem avisar a mãe? Por que ia fazer isso, meu anjo?" "Mãe,
lembra daquela pulseira que você me emprestou e me pediu para ter
cuidado?" "Sim", disse a mãe.! "Eu não sei como
aconteceu, mas perdi, mãe. Quando notei, eu procurei, procurei, mas
não achei. Então fiquei com medo e com vergonha, e por isso eu ia
embora de casa, pra não ver você triste." "Ora filho, eu
ia ficar muito triste se você tivesse ido. Nunca mais pense nisso!"
"E a pulseira?" Perguntou, mais aliviado. "Ah, meu
anjo, aquela pulseira tinha pouco valor. Um dia, quem sabe, nós
compramos outra." "Mãe, eu quero lhe dar um belo colar.
Você sabe quanto custa um?" "Não faço idéia, mas eu já
tenho o colar mais valioso do mundo. E sabe qual é?" "Não,
mãe, eu nunca vi você de colar." "Pois bem", disse a
mãe, puxando os bracinhos do filho e os envolvendo no pescoço.
"Filho, o seu abraço é o colar mais valioso do mundo, para
mim. E eu desejo tê-lo para sempre. Promete que nunca mais vai
pensar em ir embora?" Rick sorriu, aliviado, e encheu o rosto da
mãezinha de beijos. Pense nisso!
Texto da Equipe de Redação
do Momento Espírita.
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