UM ESTÍMULO ESPECIAL

UM ESTÍMULO ESPECIAL
 
***Não permita que ninguém fique à margem do caminho, somente  porque não recebeu um incentivo, um estímulo, um motivo para prosseguir, até a vitória final.***
           
Conta-se que uma família do leste europeu foi forçada a sair de sua casa, quando tropas invasoras invadiram a localidade onde viviam. Para fugir aos horrores da guerra, perceberam que sua única  chance seria atravessar as montanhas que circundavam a cidade. Se conseguissem ter êxito na escalada, alcançariam o país vizinho e estariam a salvo. A família compunha-se de umas dez pessoas, de diversas idades. Reuniram-se e planejaram os detalhes: a saída de casa, por onde tentariam a difícil travessia.O problema era o avô.  Com muitos anos aos ombros, ele não estava muito bem. A viagem seria dura."Deixem-me," falou ele. "Serei um empecilho para o êxito de vocês. Somente atrapalharei. Afinal, os soldados não irão se importar com um homem velho como eu." Entretanto, os filhos insistiram para que ele fosse. Chegaram a  afirmar que se ele não fosse, eles também ali permaneceriam.
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Vencido pelas argumentações, o idoso cedeu. A família partiu em direção à cadeia de montanhas.A caminhada era feita em silêncio. Todo esforço desnecessário deveria ser poupado.
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Como entre eles havia uma menina de apenas um ano, combinaram que, a fim de que ninguém ficasse exausto, ela seria carregada por todos os componentes da família, em sistema de revezamento. Depois de várias horas de subida difícil, o avô se sentou em uma rocha. Deixou pender a cabeça e quase em desespero, suplicou: "deixem-me para trás. Não vou conseguir. Continuem sozinhos." "De forma alguma o deixaremos. Você tem de conseguir. Vai conseguir." - falou com entusiasmo o filho. "Não." Insistiu o avô. "deixem-me aqui."
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O filho não se deu por vencido. Aproximou-se do pai e energicamente lhe disse: "vamos, pai. Precisamos do senhor. É a sua vez de carregar o bebê." O homem levantou o rosto. Viu as fisionomias cansadas de todos. Olhou para o bebê enrolado em um cobertor, no colo do seu neto de treze   anos. O garoto era tão magrinho e parecia estar realizando um esforço sobre-humano para segurar o pesado fardo. O avô se levantou. "Claro" - falou - é a minha vez. Passem-me o bebê. Ajeitou a menina no colo. Olhou para o seu rostinho inocente e sentiu uma força renovada. Um enorme desejo de ver sua família a salvo, numa terra neutra, em que a guerra seria somente uma memória distante tomou conta dele. "Vamos" - disse, com determinação. "já estou bem. Só precisava descansar um pouco. Vamos andando." O grupo prosseguiu, com o avô carregando a netinha. Naquela noite, a família conseguiu cruzar a fronteira a salvo.Todos os que iniciaram o longo percurso pelas montanhas  cnseguiram terminá-lo Inclusive o avô.          
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Se alguém a seu lado, está prestes a desistir das lutas que lhe  compete, ofereça-lhe um incentivo. Recorde da importância que ele tem para a pequena ou grande  comunidade em que se movimenta. Lembre-o que, no círculo familiar, na roda de amigos ou no trabalho voluntário, ele é alguém que faz a diferença.
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Ninguém é substituível. Cada criatura é única e tem seu próprio  valor. Uma tarefa pode ser desempenhada por qualquer pessoa, mas uma pessoa  jamais sibstituirá a outra.
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Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. Para meu neto, de Wickman e Terri Sjodin, do livro Histórias para aquecer o coração dos pais, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jeff Aubery e Mark & ChrissyDinnelly. Ed. Sextante.

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