NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON - A PARÁBOLA DOS TALENTOS E MINAS

NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON - A PARÁBOLA DOS TALENTOS E MINAS

AMIGOS.VIRTUAIS E NÃO-VIRTUAIS, UM AMIGO DE UM DOS GRUPOS QUE PERTENÇO COMO MEMBRO, DISSE QUE NÃO TERIA ENTENDIDO A EXPLICAÇÃO DADA PELO "EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO", SOBRE ESTAS PARÁBOLAS. ME LEMBREI DE TER FEITO ESSA PALESTRA PRÓXIMO DO ANO 2002 E AGORA RESOLVI TENTAR ESCLARECER O NOBRE AMIGO, SOBRE O MEU HUMÍLIMO ENTENDIMENTO.ESTA PALESTRA ESTÁ MAIS ATUAL DO QUE NA ÉPOCA QUE FIZ. HOJE SÓ SE PENSA EM BENS MATERIAIS, CARROS, CASAS, TERRENOS, PODER E OUTROS BENS SUPERFLUOS. SÓ NÃO SE PENSA NA MAIOR RIQUEZA: FAZER O BEM! SE TORNAR UM SER MELHOR! MULTIPLICAR OS TALENTOS DIVINOS QUE DEUS NOS DEU COMO "DONS DIVINOS". LEIAM E REFLITAM BEM E TENHAM CORAGEM DE MUDAR!MAS.MUDEM AGORA ANTES QUE AMANHÃ SEJA MUITO TARDE!LEMBREM-SE: "MUITOS SERÃO OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS- JESUS". [Walter de Carvalho sob a orientação de Fénelon e Lacordaire]

Este capítulo é rico de exemplos que nós podemos nos orientar no caminho da solidariedade. É fato que Jesus não condenou a riqueza, mas o destino que damos à fortuna, que nos cabe como direito de conquista, pois se fora dádiva de Deus, seria discriminação. 
E isto fica claro quando diz ao homem que lhe pedira para determinar a um rico que repartisse a sua fortuna com ele, dizendo guardai-vos da avareza, pois não sabe o de que precisará justificar aquele que recebeu a oportunidade de se tornar rico. E mesmo quando disse ao rapaz que lhe solicitara o que seria necessário para poder estar no reino de Deus, deve ir e vender tudo o que tens e segue-me, disse Jesus, numa clara alusão que devemos desapegar-nos dos bens materiais. 
Zaqueu entendeu perfeitamente essa lição, embora fosse considerado homem de má vida, pois que naquela época assim como hoje, aqueles que defendem e executam as diretrizes de governos são vistos como pessoas corruptas, que sabemos nem todos são. 
Dizia ele então a Jesus : Mestre, hoje eu determinarei sejam doados os meus bens  em dobro aos que prejudiquei; ressarcindo assim o possível prejuízo que houvera causado aos outros. Numa demonstração de desprendimento dos bens materiais, e na solicitude do Mestre para com ele. Aprendera ele que nem tudo era poderio material. Jesus o visitava por pura simpatia e carinho. 
A passagem dos talentos também deve ser entendida muito além da sua historia singela e simples. Os talentos são as várias oportunidades que Deus nos dá na face da Terra. Oportunidades que, seja por nossa fraqueza, seja pelo comodismo, às vezes não materializamos. 
Muitos de nós recebemos o talento da palavra e malversamos em função da nossa própria necessidade, esquecemos que os outros também precisam de nós, da nossa capacidade de estudar e entendermos um assunto. Outros alegando falta de capacidade, se omitem da oportunidade, escondendo-se da responsabilidade da transmissão do conhecimento. Enterram o talento. 
Aquele que acreditar na oportunidade que lhe confiou o Pai e seriamente se imbuir de produzir mais e mais oportunidades aos seus semelhantes estará recebendo assim o dobro dos talentos, pois conquistou a confiança do Senhor, se foi hábil e expedito no pouco, evidentemente o será no muito. 
Sabemos muito bem hoje, o que na época de Jesus seria difícil explicar, que a riqueza dividida igualmente entre todos os habitantes da Terra hoje, seria pulverizada a uma parcela muito pequena para cada um, o que dificultaria, impediria é verdade o desenvolvimento de projetos que possibilitassem meios de ganho e em mãos despreparadas seria uma catástrofe. 
É a riqueza uma prova muito grave e que excita o orgulho. É a destinação que se dá à riqueza que faz dela um mal, pois ela em si não traz nada de  mal, afinal, é a alavanca do progresso. Deveríamos lembrar do que nos dizia Sócrates, “o homem deveria se alimentar só quando tivesse fome, e beber somente se tivesse sede”.  Demonstrando assim equilíbrio e ponderação. 
Não podemos de forma nenhuma ter os olhos sobre o que não nos pertence, e sim nos mantermos ocupados de fazer o melhor de nós em beneficio da comunidade. Sabermos ainda uma vez mais que o de que possuímos aqui na face da terra não nos pertence, somos apenas usufrutuários. Somente iremos levar daqui o que conquistamos de conhecimento de sabedoria, inteligência, enfim avanço intelectual, e acima de tudo o nosso progresso moral decorrente de nosso avanço intelectual, na pratica, na exemplificação de nosso real aprendizado. Se queremos sentir a paz e a serenidade, precisamos ter a sabedoria e o entendimento, que nos dão essa confiança.

FONTES: (Mateus, XXV, 14-30.) E (Lucas, XIX, 11-27.) e  (S. MATEUS, cap. XIX, vv. 16 a 24. - S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 18 a 25. - S. MARCOS, cap. X, vv. 17 a 25.) E O EVANGELHO ESSENCIAL- Por Eulaide Lins e Luiz Sacalzitti

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