PROJETOS
INACABADOS
“Que
o dia de hoje seja uma marca significativa na linha do tempo de
nossas existências. Pouco importa que dia da semana seja. Não
interessa em que mês do ano estejamos. Não há porque esperar por
outra oportunidade. Chances são como brisas que surgem rapidamente e
se vão de igual forma. Não há motivo real e justo para permanecer
estacionados enquanto a vida nos chama a realizar o bem. Coragem e
disposição hão de ser a inspiração que nos faltava. Não amanhã,
mas sim, hoje. Não depois, mas sim, a partir de agora. PENSE NISSO!”
Faz
parte da natureza humana sonhar e idealizar as mais variadas
realizações.
Um hábito muito comum é a lista que se faz no início de cada ano,
as famosas "proposições de ano novo". Costuma-se
relacionar hábitos nocivos a serem abandonados, cursos a serem
iniciados e virtudes a serem adquiridas... Propostas razoáveis e, na
maioria das vezes, necessárias ao desenvolvimento daquele ser que as
relacionou. No entanto, comumente, antes mesmo da primeira semana do
ano acabar, a lista é abandonada em alguma gaveta, juntamente com a
disposição sincera de mudança que a havia inspirado. E lá se vão
para o esquecimento, mais uma vez, as mudanças prometidas para si
mesmo. Quem se espera enganar? Afinal, a proposição de reforma
íntima atinge primeiramente ao próprio interessado. Propostas como
essas abandonadas lembram projetos que se iniciam e não se realizam.
São
barcos que jamais alcançam o mar. Textos sem ponto final. Obras que
não saem da prancheta de desenho. Músicas jamais executadas. Flores
que não desabrocharam. Filhos que não nasceram. Amores
inconfessados. Desenhos que nunca tocaram um papel. Promessas não
cumpridas. Sonhos abandonados.
Os
dias passam rápidos. As folhas brotam, crescem e mais adiante caem
das árvores, enquanto as pessoas passam seus dias adiando partidas,
retardando começos e cancelando mudanças. E o que poderia acontecer
de modo voluntário, acaba se tornando obrigatório. A vida, um dia,
há de nos cobrar pelas realizações que nos caberiam e que não
levamos a termo. Que realizações serão essas? Grandes feitos?
Conquistas retumbantes? Não. Por certo, as mais significativas
missões que nos foram confiadas têm o objetivo de domar nossas
próprias imperfeições. "Ah! Mas é tão difícil vencer
hábitos antigos!" - poderíamos argumentar. No entanto, mais
difícil ainda será conviver para sempre com costumes infelizes que
amargam a nossa existência e a daqueles que nos cercam. Projetos
inacabados, por certo, temos vários. Qual deles retomar e concluir
de uma vez por todas? Cada um de nós deverá saber qual é o mais
urgente e mais viável, por ora. Trata-se de uma decisão
intransferível e inadiável. É chegada a hora de realizar e de
transformar. É hora de abandonar as desculpas que nos serviram de
muletas por tantos séculos, retardando-nos, no mesmo compasso de
atraso e de teimosia vã. Pense nisso!
Texto
da Equipe de Redação do Momento Espírita.
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