O AMOR EM AÇÃO
“A calma na luta é
sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao
contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.* Agir com calma é
atitude de quem tem controle sobre a própria vontade. Lembre-se:
agir com calma é agir com caridade. E há a caridade em pensamentos,
em palavras e em ações. Ser caridoso em pensamentos é ser
indulgente para com as faltas do próximo. Ser caridoso em palavras,
é não dizer nada que possa prejudicar seu próximo. Ser caridoso em
ações é assistir seu próximo na medida de suas forças. Pense
nisso, e coloque seu amor em ação.” LEIAM E REFLITAM!
Você já pensou a
respeito do amor ao próximo, recomendado por todas as grandes
religiões do mundo? Certamente quando pensamos no amor-sentimento,
como uma forte afeição, confiança plena, deduzimos que é difícil
amar os próprios amigos, e quase impossível amar os inimigos. No
entanto, vale a pena refletir sobre os vários significados da
palavra amor. Paulo de Tarso, quando escreveu aos Coríntios, no cap.
13, falou da caridade como sendo o amor em ação.
Disse o
Apóstolo: "a caridade é paciente, é benéfica; não é
invejosa nem temerária; não se ensoberbece, não é ambiciosa, não
busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita
mal, não é injusta, apóia a verdade; tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera."
Interessante refletir sobre o amor por esse
ângulo. No dicionário encontramos mais uma definição de amor:
"sentimento de caridade, de compaixão de uma criatura por
outra, inspirada pelo sentido de sua relação comum com Deus."
Assim fica mais fácil compreender o amor e praticar o amor para com
os semelhantes. Pois se é verdade que nem sempre você consegue
controlar o que sente por outra pessoa, pode perfeitamente escolher
o seu comportamento com relação a ela.
Se uma pessoa age mal,
se é agressiva, desonesta, você pode escolher agir com respeito,
paciência, honestidade, mesmo que ela aja de maneira inversa. Assim
se expressa o amor-ação, o amor-atitude, o amor-comportamento.
Podemos deduzir, pelas palavras de Paulo de Tarso, que foi a esse
amor que ele se referiu, em sua carta aos Coríntios. E faz mais
sentido se entendermos que foi esse amor-atitude que Jesus
recomendou que praticássemos para com nossos inimigos. Não podemos
sentir ternura sincera por alguém que nos agride ou que fere um
afeto nosso, mas podemos ter atitudes de tolerância, perdão,
compaixão. Como todos ainda somos imperfeitos e sujeitos a cometer
equívocos, devemos ter, uns para com os outros, atitude de
benevolência, que é uma faceta do amor-ação. Assim sendo, sempre
que se deparar com situações que lhe exijam fazer escolhas, você
poderá escolher ter uma atitude amorosa, sem que para isso precise
sentir amor pelo próximo. Ter atitudes de paciência, bondade,
humildade, respeito, generosidade, é escolha de quem deseja
cultivar a paz. Além disso, agir com serenidade diante das situações
adversas, é uma escolha sábia, faz bem para a saúde física e
mental e não tem contra-indicação. Mas se reagimos com
agressividade, ódio, descontrole, estaremos minando nossa saúde de
maneira desastrosa. Não é por outra razão que após uma crise
dessas surgem as dores de cabeça, de estômago, de fígado, dores
lombares, e outras mais. Vale a pena refletir sobre tudo isso e
procurar agir como quem sabe o que está fazendo, e não como quem
aceita toda provocação e reage conforme as circunstâncias,
infelicitando-se ainda mais. Pense nisso!
Texto da Equipe de
Redação do Momento Espírita. * O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. XIX, item 3.
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