A PARALÍTICA • Francisco Cândido Xavier (Depoimento)

Fundação Maria Virgínia e J. Herculano Pires
Edição 64 | Dezembro de 2011

A PARALÍTICA • Francisco Cândido Xavier (Depoimento)

Horas antes de nossa reunião pública, com quatro irmãos que se achavam em nossa companhia, fomos à cidade vizinha visitar uma criança doente. Não longe da casa em que reside a pequenina enferma, encontramos uma senhora paralítica, em recanto quase isolado de extensa zona rural, que nos solicitou orarmos com ela por alguns momentos.
Muito simpática e sofredora, vivendo da caridade pública e sem qualquer parente, a situação dela realmente nos comoveu muito.
Voltamos para a nossa reunião. E, depois de nossa habitual visita a alguns lares de irmãos nossos, passamos ao desenvolvimento das tarefas da noite.
O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu a exame a formosa página intitulada "Uma realeza terrestre", no capítulo II, assinada por entidade espiritual que se reportava às lutas que encontrara na posição altamente destacada que usufruiu na Terra.
A comunicação foi carinhosamente estudada por uma de nossas irmãs presentes. E, no encerramento da reunião, o poeta Epifânio Leite nos trouxe o soneto com dedicatória expressiva. Ele mesmo, o poeta desencarnado, informou-nos por audição, referir-se à paralítica em penúria material que havíamos visitado horas antes.
Nota – Epifânio Leite de Albuquerque (1891-1942) nasceu e morreu em Fortaleza, Ceará. Autor do livro de poesias Escada de Jacó, membro da Academia Cearense de Letras, foi juiz de direito em Baturité, no mesmo estado. Sua poética se caracteriza pelo rigor formal e a delicadeza de sentimentos. 

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