A HISTÓRIA DA CHAVE

A HISTÓRIA DA CHAVE - continuação dos Lindos Casos
Com a saída do chefe da casa e dos filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar a casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância.
Aí começou uma dificuldade.
Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras.
A madrasta bondosa preocupou-se.
Sem verdura não haveria dinheiro para o serviço escolar.
Dona Cidália observou... observou...
E ficou sabendo quem lhes subtraía os recursos da horta; entretanto, REPUGNAVA-LHE A IDEIA DE OFENDER UMA PESSOA AMIGA por causa de repolho e tomates.
Chamou, então, o Chico e lembrou.
- Meu filho, VOCÊ DIZ QUE, ÁS VEZES, ENCONTRA O ESPÍRITO DE DONA MARIA [CASO TÍPICO DE MATERIALIZAÇÃO]. Peça-lhe um conselho. Nossa horta está desaparecendo e, sem ela, como sustentar o serviço da escola?
Chico procurou o quintal à tardinha e REZOU e, como das outras vezes, a mãezinha apareceu.
O menino contou-lhe o que se passava e pediu-lhe socorro.
D. Maria então lhe disse:
- "VOCÊ DIGA À CIDÁLIA QUE REALMENTE NÃO DEVEMOS BRIGAR COM OS VIZINHOS QUE SÃO SEMPRE PESSOAS DE QUEM NECESSITAMOS. Será então aconselhável que ela dê a chave da casa à amiga que vem talando a horta, sempre que precise ausentar-se, porque, desse modo a vizinha, ao invés de prejudicar os legumes, nos ajudará a tomar conta deles."
Dona Cidália achou o conselho excelente e cumpriu a determinação.
Foi assim que a vizinha não mais tocou nas hortaliças, porque passou a responsabilizar-se pela casa inteira. 
Walter de Carvalho - Extraído de: Gama, Ramiro, in, Lindos Casos de Chico Xavier, Núcleo Espírita Caminheiros do Bem - Editora LAKE, 1978. Pág. 41

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