A SEGURANÇA DO TRABALHO

A SEGURANÇA DO TRABALHO
Atendendo a instruções de Emmanuel, Chico iniciava os trabalhos no "Centro Espírita Gonzaga" às oito do noite, encerrando-os às dez horas, enquanto frequentou sozinho a instituição.
Fazia a prece de abertura, orava e, depois, lia páginas de " O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, comentando-as, em voz alta, para os desencarnados.
Pessoas da família indagavam sobre aquela resolução de "falar sozinho", entretanto, o Médium explicava:
----Há muitos espíritos frequentando a casa. Chegam desconsolados e tristes e Emmanuel afirma que a obra de evangelização é necessária a todos nós. Não podemos parar...
Certa noite, uma senhora desencarnada em Pedro Leopoldo conversava com o Chico no salão do Centro, em que ele se achava aparentemente sozinho e o diálogo seguia, curioso:
---- Tenhamos fé em Jesus, minha irmã.
----..................................................
---- Não se desespere. Com a paciência alcançaremos a paz.
---- ................................................
---- Sem calma, tudo piora.
-----Com o tempo, a senhora, verá que tudo está certo como está.
A conversação prosseguia assim, quando uma das irmãs do Médium, escutando-lhe a palavra, debruçada em janela próxima, perguntou em voz alta:
---- Chico, quem está conversando com você?
---- Dona Chiquinha de Paula.
---- Que história é essa? Dona Chiquinha já morreu...
---- Ah! você é que pensa... Ela está bem viva.
A irmã do rapaz, alvoroçada, comunicou aos familiares o que ocorria.
Chico devia estar maluco.
Era preciso medicá-lo, socorrê-lo...
Outras irmãs do Médium, porém, apressaram-se a observar que ele trabalhava, corretamente, todos os dias.
Seria justo dar por louco um irmão que era amigo e útil?
Ficou então estabelecido em família que, enquanto o Chico estivesse firme no serviço, ninguém cogitaria de considerá-lo um alienado mental.
Desse modo, o Chico Xavier costuma dizer que o trabalho de cada dia, com a benção de Deus, tem sido para ele a melhor segurança.
Walter de Carvalho - Extraído de: Gama, Ramiro, in, Lindos Casos de Chico Xavier, Núcleo Espírita Caminheiros do Bem - Editora LAKE, 1978. Pág. 66.

Comentários