O BEM E O
MAL - Síntese - Palestra de 09.03.2004 – Walter de Carvalho
Queridos
Irmãos o estudo desta tarde de hoje é sobre O Bem e o Mal.
Não há
como abordar a questão do bem e do mal sem enfatizar a moral, que é
a regra da boa conduta e, portanto, da distinção entre o bem e o
mal. Por sua vez, a moral funda-se na observação da lei de Deus. O
homem se conduz bem quando faz tudo tendo em vista o bem e para o bem
de todos. O bem e o mal sempre estiveram presentes em nossas vidas.
Durante nosso curso na terra rotulamos coisas, pessoas e situações,
dizendo uns para os outros ou para nos mesmos se aquilo é ou não
bom. São raras as pessoas que param e se perguntam o que é o bem e
o mal. E como fazer para distingui-los? O bem é tudo aquilo que está
de acordo com a lei de Deus e o mal é tudo aquilo o que dela se
afasta. Deus nos deu inteligência para discernimos as várias
situações pelas quais passamos e fazemos outros passarem. Esse
discernimento é o nosso termômetro de identificação entre o bem e
o mal. Jesus nos disse:"Vede o que quereríeis que vos fizessem
ou não."; tudo se resume nisso. "Parece simples, então, a
partir do que nos disse Jesus conduzirmo-nos nos caminhos do bem. E
realmente é, se treinarmos sempre, dia-a-dia, os ensinamentos que
Ele nos trouxe há 2000 anos. As circunstâncias dão ao bem e ao mal
uma gravidade relativa. O homem comete, freqüentemente, faltas que,
mesmo decorrentes da posição em que a sociedade o colocou, não são
menos repreensíveis; mas que o responsabilizam na razão e nos meios
que ele tiver para compreender o bem e o mal. É assim que o homem
esclarecido que comete uma simples injustiça é mais culpável aos
olhos de Deus que o selvagem que se entrega aos instintos. "Por
que o mal se encontra na natureza das coisas? ", pergunta
Kardec. E eles respondem: " Já te dissemos: os espíritos foram
criados simples e ignorantes. Deus deixa ao homem a escolha do
caminho: tanto pior para ele se seguir o mal; sua peregrinação será
mais longa. Se não existissem montanhas, não poderia o homem
compreender que se pode subir e descer; e se não existissem rochas,
não compreenderia que há corpos duros. O mal depende, sobretudo, da
vontade que se tenha em fazê-lo e que o homem é tanto mais culpado
quanto melhor sabe o que faz. Não é suficiente apenas deixarmos de
fazer o mal para nos mostrarmos agradáveis a Deus, tentando
assegurar uma situação futura. É preciso fazer o bem, no limite
das próprias forças, pois cada um responderá por todo o mal que
tiver ocorrido por causa do bem que deixou de fazer. " Não há
ninguém que não possa fazer o bem; somente o egoísta não encontra
jamais ocasião de praticá-lo.
Como
dizemos, o mal e o bem caminham lado a lado. E é essa uma grande
verdade, no dia a dia , em nossa vidinha, que vamos aprendendo a
lidar com o bem e o mal. Classificando-os , e fazendo com que as
respostas buscadas para tantos dissabores recebidos e cometidos, nos
dêem conforto aos infortúnios da vida. Mas existe a necessidade do
mal existir? Sim. No plano que vive - provas e expiações - ainda
existe. Só valorizamos a luz, quando descemos às trevas. O homem
necessita deter o conhecimento para o aprimoramento. É por isso que
aqui estamos encarnados. O mal, o que já é de nosso conhecimento,
sempre recai ao que o causou. Dai a Lei da Causa e Efeito, eu diria
que o retorno desse mal será sempre dado segundo a intenção de
quem o praticou. Há que haver discernimento. E segue o que Jesus nos
disse há 2000 anos: "Àquele que mais se deu, mais será
cobrado. Aquele que menos tem, o pouco que tem lhe será retirado."
Essa é a parte que nos interessa hoje : "Àquele que mais se
deu, mais será cobrado." Quanto mais conhecemos, mais
responsáveis somos por nossos atos.
Por isso,
o mal que viermos a fazer, uma vez que já conhecemos os ensinamento
de Jesus, mais recairá sobre nós. Aproveitar-se do mal , feito por
outro, também não o é diferente de quem o praticou. Mais uma vez :
A intenção de quem pratica o ato, seja qual for, é a que
prevalece. O desejo da prática do mal, não difere do ato praticado
em si. Como diz no Livro dos Espíritos, se o que faltou foi apenas
oportunidade de fazê-lo, então ainda assim a maldade não é
diferente. Mais uma vez, e não me cansarei em dizer. Tudo depende da
intenção É necessário que executemos a pratica do bem. Todo o bem
que deixarmos de fazer, também nos será cobrado. E não há quem
não possa fazer o bem . A todo o momento, temos a oportunidade de
praticar o bem. Um sorriso, uma palavra amiga ou dura no momento
certo etc... Enfim , sabemos já o que devemos e o que não devemos
fazer. Porém, até mesmo no ato da execução do bem, há a
intenção. E, mérito do bem, existirá na proporção da ajuda que
efetivamente queremos dar. "Fazer o bem sem olhar a quem”. Eu
diria , sem se lembrar do que foi feito, sem cobrar. Fazer, porque é
mais do que dever, é caridade. A mais importante de todas nossas
tarefas a serem executadas aqui na terra Por vezes, dizemos que fomos
obrigados a executar o mal. O famoso: "O mal necessário"
Porém, devemos recordar que, apesar de muitas vezes trilharmos na
atmosfera do vício, ainda assim podemos estar imune a isso. E há
também que lembrar que, por muitas vezes, fomos nós que pedimos
para nascer em um ambiente assim, como prova de resistência. São em
situações difíceis, que muitas vezes encontramos as grandes
virtudes. Provas difíceis, mas valorosas ao espírito. O amor ao
próximo - a caridade , deve ser algo mais do que executado apenas,
deve ser algo sentido no fundo do coração. Há que cuidar, para que
essa execução da caridade não caia na vaidade, orgulho,
mesquinharia. E é através da caridade que avançamos mais na vida
espiritual. A caridade se resume em todas as outras divisões da Lei
Natural. Deus em sua Infinita Bondade Abençoe a todos. Muito
obrigado!
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