FAZ DE CONTA
Você sabia? Que a
pessoa que vive de aparências ou finge ser quem não é corre sérios
riscos de entrar em depressão? Isso é perfeitamente compreensível,
graças à batalha que trava consigo mesma e o desgaste para manter
uma realidade falsa. Se é fácil enganar os outros, é impossível
enganar a própria consciência. Por todas essas razões, vale a pena
ser quem se é, ainda que isso não agrade os outros. Afinal, não é
aos outros que prestaremos contas das nossas ações, e sim a Deus e
à nossa consciência.! SER SÉRIO E AUTÊNTICO AS VEZES DECEPCIONA!
[Contextualizado por Walter de Carvalho]
“Recentemente uma
professora, que veio da Polônia para o Brasil ainda muito jovem,
proferia uma palestra e, com muita lucidez trazia pontos importantes
para reflexão dos ouvintes. Já vivi o bastante para presenciar três
períodos distintos no comportamento das pessoas, dizia ela.
O
primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais
que era preciso ser. Ser honesta, ser educada, ser digna, ser
respeitosa, ser amiga, ser leal. Algumas décadas mais tarde, fui
testemunha da fase do ter. Era preciso ter. Ter boa aparência, ter
dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter... Na atualidade, estou
presenciando a fase do faz de conta.
Analisando sob esse ponto de
vista, chegaremos à conclusão que a professora tem razão.
Hoje,
as pessoas fazem de conta e está tudo bem. Pais fazem de conta que
educam, professores fazem de conta que ensinam, alunos fazem de conta
que aprendem. Profissionais fazem de conta que são competentes,
governantes fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz
de conta que acredita. Pessoas fazem de conta que são honestas,
líderes religiosos se passam por representantes de Deus, e fiéis
fazem de conta que têm fé. Doentes fazem de conta que têm saúde,
criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de
conta que é imparcial. Traficantes se passam por cidadãos de bem e
consumidores de drogas fazem de conta que não contribuem com esse
mercado do crime.
Pais fazem de conta que não sabem que seus
filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos
poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais
sabem.
Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas
fazem de conta que são justiceiros...
E a maioria da população
faz de conta que está tudo bem...
Mas uma coisa é certa: não
podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria
consciência. Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz
de conta, mas não justificamos. Importante salientar, todavia, que
essa representação no dia-a-dia, esse faz de conta, causa prejuízos
para aqueles que lançam mão desse tipo de comportamento.
A
pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num
vazio, pois nem ela mesma sabe quem é, de fato, e acaba se traindo
em algum momento. E isso é extremamente cansativo e desgastante.
Raras pessoas são realmente autênticas. Por isso elas se destacam
nos ambientes em que se movimentam. São aquelas que não
representam, apenas são o que são, sem fazer de conta. São
profissionais éticos e competentes, amigos leais, pais zelosos na
educação dos filhos, políticos honestos, religiosos fiéis aos
ensinos que ministram. SÃO, ENFIM, PESSOAS ESPECIAIS,
DESCOMPLICADAS, DE ATITUDES SIMPLES, MAS, COERENTES E, ACIMA DE TUDO,
FIÉIS CONSIGO MESMAS ”. PENSEM NISSO! Texto da Equipe de Redação
do Momento Espírita.
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