O
Passe III por José
Herculano Pires
III — A técnica do passe
Os
elaboradores e divulgadores de técnicas do passe não sabem o que
fazem. A técnica do passe não pertence a nós mas exclusivamente
aos Espíritos Superiores. Só eles conhecem a situação real do
paciente, as possibilidades de ajudá-lo em face de seus compromissos
nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e
assim por diante. Os médiuns vivem a vida terrena e estão
condicionados na encarnação que merecem e de que necessitam. Nada
sabem da natureza dos fluidos, da maneira apropriada e eficaz de
aplicá-los, dos efeitos diversos que eles podem causar. Na verdade o
médium só tem uma percepção vaga, geralmente epidérmica dos
fluidos. É simples ATREVIMENTO – e portanto charlatanismo –
querer manipulá-los e distribuí-los a seu modo e a seu critério.
As pessoas que acham que os passes ginásticos ou dados em grupos
mediúnicos formados ao redor do paciente são passes fortes,
assemelham-se às que acreditam mais na força da macumba, com seus
apetrechos selvagens, do que no poder espiritual [COM TODO RESPEITO
QUE TENHO PELAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS – Walter de Carvalho].
As experiências espíritas sensatas e lógicas, em todo o mundo,
desde os dias de Kardec até hoje mostraram que mais vale uma prece
silenciosa, às vezes na ausência e sem o conhecimento do paciente,
do que todas as encenações e alardes de força dos ingênuos ou
farofeiros que ignoram os princípios doutrinários.
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