O
Passe V por José
Herculano Pires
V — Passe de auxílio mediúnico
Nas
sessões de manifestações de Espíritos para doutrinação o passe
é empregado como auxiliar dos médiuns ainda em desenvolvimento,
incapazes de controlar as manifestações de entidades rebeldes. A
técnica espírita não é de violência, como nas práticas
superadas do exorcismo mas de esclarecimento e persuasão. A ajuda
fluídica ao médium envolvido se faz apenas através da imposição
das mãos, sem tocar o médium. Certas pessoas aflitas ou mal
iniciadas no assunto procuram segurar o médium, agarrá-lo com força
e sujeitá-lo. Isso serve apenas para provocar a reação da
entidade, provocando tumulto na reunião. O médium se descontrola
ainda mais e a entidade se aproveita disso para tumultuar a sessão.
Chama-se o médium pelo nome, pede-se a ele que reaja e adverte-se a
entidade para acalmar-se, sem o que se prejudicará, a si mesma. Não
se deve esquecer que a força do passe é espiritual e não a força
física. Os Espíritos auxiliares estão ao redor e retiram a
entidade rebelde. O médium novato e o que dá o passe de auxílio,
precisam estar instruídos sobre a possibilidade dessas ocorrências
e sobre o comportamento certo a adotar. Essas observações devem ser
sempre repetidas nas sessões dessa natureza para que o passe de
auxílio não se converta em motivo de tumulto. Esse é um aspecto do
problema do passe que muitos têm dificuldade de compreender, por
falta de uma compreensão exata da natureza puramente espiritual do
passe.
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