O
Passe VIII por José
Herculano Pires
VIII — A ciência do passe
Embora
com boas intenções, as pessoas que se apressaram a oferecer ao
público os lineamentos de uma Ciência do Passe, baseando-se em
experiências comuns do passe utilizado nos Centros Espíritas,
cometeram uma leviandade. Kardec colocou o problema do passe em
termos científicos, no campo da Fluídica, ou seja, da Ciência dos
Fluidos. Com seu rigor metodológico, ligou o passe à estrutura
dinâmica do perispírito (corpo espiritual), hoje reconhecido como a
fonte de todas as percepções a atividades paranormais. A Fluídica
é hoje uma Ciência Tecnológica, voltada apenas para o estudo dos
fluidos materiais de propulsão. As descobertas atuais da
Parapsicologia, e particularmente as da Universidade de Kirov,
confirmaram a validade da posição secularmente precursora de
Kardec. A Fluídica se abre, ante o avanço da Física Nuclear, para
a pesquisa da dinâmica dos fluidos em todo o Cosmos. Só agora
começamos a dispor de elementos para um conhecimento exato, o que
vale dizer científico, da problemática bimilenar do passe.
Nas
experiências de Kirov as manifestações dos fluidos foram vistas e
fotografadas pelos cientistas soviéticos, que arriscaram a cabeça
para proclamar a importância dos fluidos mediúnicos na terapêutica
do futuro. Essa foi mais uma vitória da Ciência Espírita através
das pesquisas de cientistas materialistas. Isso prova que a Ciência,
no fundo, não é mais do que o método geral da pesquisa e
comprovação objetiva da realidade, que ao contrário das restrições
kantianas e das múltiplas classificações metodológicas em vigor,
é essencialmente uma só, como sustentava entre nós Carlos
Imbassahy. Por qualquer lado que invadirmos o campo do real, através
de pesquisas científicas, chegamos sempre a conclusões
coincidentes.
No
tocante ao passe, as teorias psicológicas da sugestão, dos
estímulos provocados no organismo humano estão hoje superadas pelas
descobertas objetivas da Fluídica aplicada ao Psiquismo. A Medicina
Psicossomática é uma prova disso.
Quando,
porém, passamos os limites da sugestão natural para os excessos da
gesticulação e da fabulação – como se faz nos pedidos ao
paciente para que imagine entrar numa sala doirada etc., -
perturbamos através de desvios imaginários a ação, naturalmente
controlada pelos dispositivos do inconsciente (consciência
subliminar de Myers) o processo natural de reajuste e cura.
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