ORGULHO OU DISTRAÇÃO...

ORGULHO OU DISTRAÇÃO...
Defronte ao Hotel Diniz, de propriedade de D. Naná, achava-se um irmão alcoolizado.
Por ali, de manhã e na hora do almoço, passa o Médium a caminho do seu serviço. 
O Chico, de longe, notou que o rapaz estava num de seus piores dias. Não se contentava em cantar e fazer esgares: provocava também, apelidando, com jocosos nomes, quantos lhe passavam à frente. De leve e bem ao longe, passou sem ser visto, pelo irmão embriagado, e já se achava distante, quando Emmanuel, delicadamente, lhe diz:
____ CHICO, NOSSO AMIGO VIU-O PASSAR E ESCONDER-SE DELE. ESTÁ FALANDO MUITO MAL DE VOCÊ E ADMIRADO DE SEU GESTO. VOLTE E RETIFIQUE SUA AÇÃO.
O Chico voltou:
____ Como vai, meu irmão? Desculpe-me por não o ter visto, foi distração...
____ É... já estava admirado de você fazer isso, Chico. Que os outros façam pouco caso de mim, não me incomodo, mas você não. Estava dizendo bem alto: como o Chico está orgulhoso! Já nem se lembra dos pobres irmãos como eu. Pensa que estou embriagado e foge de mim como se eu tivesse moléstia contagiosa...
____ Não, meu caro; foi apenas distração, desculpe-me.
____ Pensava que era orgulho. Está desculpado. Vá com Deus. Que Deus te ajude e lhe dê um dia feliz, pelo abraço consolador que você me deu.
E Chico partiu. 
Ganhara uma lição e dava, aos que o observavam, outra bem mais expressiva...
Walter de Carvalho - Extraído de: Gama, Ramiro, in, Lindos Casos de Chico Xavier, Núcleo Espírita Caminheiros do Bem - Editora LAKE, 1978. pag, 81/82.

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