UM RELÓGIO AO DOENTE

                             UM RELÓGIO AO DOENTE
Um confrade presenteou o Chico com um belo relógio de pulso.
Aceitou-o, porque o confrade insistiu muito.
Andou vários dias com ele, admirando-lhe a pontualidade.
Mas um dia, a caminho do serviço, lembrou-se de saber, rapidamente, como ia Dona Glória, a quem na véspera dera um passe e para quem Bezerra receitara uns remédios homeopáticos. 
____ Então, está melhor, Dona Glória. Tomou pontualmente os remédios?
____ Um pouco melhor, Chico. Só não tenho tomado os remédios com pontualidade, porque, como você sabe, sou pobre e ainda  não pude comprar um relógio...
____ Por isso não.
E tirando do pulso o relógio que ganhara, disse-lhe sem mais delongas:
____ Fique com este como lembrança.
E deixando a irmã surpresa e emocionada, o Médium partiu, deixando-lhe na costumeira despedida:
____ Fique com Deus! Deus a proteja! Como a senhora está precisando de relógio, este deve ser seu.
Walter de Carvalho - Extraído de: Gama, Ramiro, in, Lindos Casos de Chico Xavier, Núcleo Espírita Caminheiros do Bem - Editora LAKE, 1978. pag 88.

Comentários