DEUTERONÔMIO CONFIRMA MEDIUNIDADE DE MOISÉS

VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA - 13 por J. Herculano Pires
13 - DEUTERONÔMIO CONFIRMA MEDIUNIDADE DE MOISÉS
*[Contextualizado por Walter de Carvalho, QUE SEMPRE DIGO QUE: "A MELHOR RELIGIÃO É A QUE FAZ O HOMEM MELHOR. PODE SER QUALQUER UMA OU NENHUMA. O FAZER O BEM É A ESSÊNCIA DA VIDA, O AMOR AOS SEMELHANTES"! DEUS É AMOR!]*
Quem conhece o Deuteronômio, livro Bíblico sempre citado contra o Espiritismo, sabe que os seus melhores episódios são de ordem declaradamente mediúnica. O próprio Moisés é constantemente citado como "mediador entre Deus e o povo". A palavra "médium" é moderna, mas quer dizer o mesmo que "mediador". A modernização dos textos bíblicos, feita por várias igrejas, chegou a incluir a palavra "médium" numa tradução clássica da nossa língua, mas somente quando aplicada para combater o Espiritismo.
Nenhum revisor sagrado das nossas traduções clássicas foi capaz da necessária coerência, substituindo a palavra "mediador", que se refere a Moisés, pela "perigosa" palavrinha espírita. Mas o leitor perspicaz, mesmo que não seja espírita, logo percebe a manobra.
O capítulo V do Deuteronômio é inteiramente mediúnico. Mas convém lembrar que os sucessos desse capítulo são melhor compreendidos quando lemos o Êxodo, Cáp. 18 a 20. Nos versículos 13 a 16, do Cap. 18, vemos Moisés diante do povo,  para ser o mediador, o intérprete, - mas na verdade o  médium, -entre Deus e o povo. Nos versículos 22 a 31,
Cap. X do Deuteronômio, temos uma bonita descrição de conhecidos fenômenos mediúnicos: o monte Horebe envolto em chamas, a nuvem de fluidos ectoplásmicos (materializantes), e a voz-direta de Jeová, que falava do meio do fogo, sem se apresentar ao povo. E Moisés, como sempre, servindo de intermediário, na sua função mediúnica. Por fim, Jeová recomenda a Moisés que mande o povo embora, mas permaneça com ele, para receber as demais instruções. (Vers. 31, Cap. 5 de Deuteronômio.).
No famoso Cap. 18 de Deuteronômio, tão citado contra o Espiritismo, logo após os versículos das proibições, temos a promessa de Jeová, de que suscitará um grande profeta
para auxiliar e orientar o povo. Como fazia com Moisés, o próprio Jeová promete que porá as suas palavras na boca desse novo médium. Não obstante, sabendo que todo médium está sujeito a envaidecer-se e dar entrada a espíritos perturbadores, Jeová determina que o profeta seja morto: "se falar em nome de outros deuses".
Esta passagem (vers. 20 do Cap. XVIII) é uma confirmação bíblica do ensino espírita de que, naquele tempo, os espíritos eram chamados "deuses". Jeová era espírito guia
do povo hebreu, e por isso considerado como o seu deus, o único verdadeiro. Mas os profetas de Jeová podiam receber outros deuses, como Baal, Apolo ou Zeus, pelo que a
proibição bíblica nesse sentido é terrível e desumana, como podemos ver nos textos. A evolução espiritual do povo hebreu permitiria a Jesus vir corrigir esses abusos e substituir a concepção bárbara de Deus dos Exércitos pela concepção evangélica do Deus-Pai, cheio de amor com todas as criaturas.

Comentários