UMA TRADIÇÃO DE NATAL

UMA TRADIÇÃO DE NATAL
*Num dia distante, há mais de vinte séculos, o Divino
Pastor nasceu entre as Suas ovelhas. Veio manso, numa  noite silenciosa, somente deixando-se anunciar por um coro  de mensageiros espirituais, aos corações dos homens de boa  vontade. Até hoje, Ele continua assim: falando aos homens  que se dispõem a ter boa vontade para com os outros  homens. Boa vontade para doar-se, para dar-se, para amar. Este é o sentido do verdadeiro Natal: o amor de Deus para  com os homens. O amor dos homens uns para com os outros, em nome do Divino Amor que se chama Jesus.*
Naquele escritório era assim. Todos os anos, eles  procuravam uma família que necessitasse de assistência  para comemorar o Natal. Para o dia que se aproximava, eles  localizaram uma que havia sofrido várias tragédias nos  dois anos anteriores. O Natal deles seria magro e triste.
Então, durante um mês, todos no escritório foram colocando  as doações em dinheiro dentro de uma lata decorada. Depois, se divertiram muito escolhendo os presentes para o  pai, a mãe e os seis filhos, imaginando a expressão de  felicidade deles, ao receberem os presentes. Para os  meninos, luvas para o inverno e aviões em miniatura. Para  as meninas, bonecas e bichinhos de pelúcia. Para a mais  velha, já adolescente, perfume e um relógio.
Evidentemente, aquela família não deveria saber quem eram  os doadores e, por isso, eles combinaram que o pastor da  igreja rural seria o portador dos presentes.
Na sexta-feira anterior ao Natal, a mãe da família voltou  mais cedo para casa, após o trabalho. Ela recebera uma  gratificação extra do seu patrão. O marido ficou feliz com  a notícia.
Agora eles tinham dinheiro para comprar presentes de Natal  para os filhos. Sentaram-se e juntos fizeram uma lista,  procurando combinar o querer com as necessidades. Mas, então, eles ficaram sabendo que um amigo estava  prestes a ser submetido a uma cirurgia. Ele estava  desempregado e não poderia pagar as despesas médicas. Mais  do que isso, nem tinha o que comer em casa.
Condoídos com a situação, marido e mulher convocaram os  filhos para uma reunião de família e decidiram entregar a  gratificação de Natal ao amigo. Comida e despesas médicas  eram mais importantes do que brinquedos de Natal. Algumas  horas depois de tomada a decisão, o pastor foi fazer uma  visita para a família. Antes que ele tivesse tempo de  explicar o motivo da visita, eles contaram que gostariam  de doar o dinheiro ganho e lhe pediram que entregasse o  cheque para o amigo necessitado. O pastor ficou muito surpreso diante de tanta generosidade  e concordou em entregar o cheque, com uma condição: todos  eles deveriam acompanhá-lo até seu carro. Sem entender  muito bem o porquê da exigência do pastor, eles  concordaram com o pedido. Quando atravessaram o portão da  casa, viram o carro do pastor abarrotado de presentes de  Natal. Presentes que o pessoal daquele escritório lhes  havia mandado, como expressão de amor natalino. Que Natal esplêndido foi aquele para as duas famílias  necessitadas, para o coração do pastor e para todo o
pessoal do escritório!
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Redação do Momento Espírita, com base no cap. Uma tradição  de Natal, de Pat A. Carman, do livro Histórias para o  coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press. Em 10.12.2012.

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