NÃO
NOS PERMITAMOS
[UM
CARINHO SALVA – Isso é o que falta entra nós. PENSEMOS NISSO!
Walter de Carvalho]
Refletindo
sobre nossos companheiros de jornada, é provável que, em alguns
momentos da vida, nos deparemos com uma angustiante questão. Olhamos
para nossos pais, cônjuge, filhos ou amigos e nos perguntamos: Quando
foi a última vez que recebi ou que lhes ofertei um abraço? O
toque, seja através do afago, do beijo ou do abraço expressa nossos
sentimentos, enche a vida de ternura e aquece a alma de quem o
oferece e de quem o recebe. As manifestações sinceras de afeto
fazem as pessoas se sentirem amadas e queridas pois demonstram o amor
que as envolve. Ter a liberdade de falar sobre os sentimentos e
expressá-los, com equilíbrio e sensatez, também mantém apertados
os laços que nos unem às pessoas com as quais nos relacionamos. Ao
constatarmos a distância estabelecida sutilmente entre os afetos,
uma grande tristeza nos invade. É o momento em que nos
questionamos: Quando
e como começou a ser estabelecida essa distância? Como pudemos
permitir que chegasse a esse ponto? Quem foram os responsáveis? E
agora? Como fazer para construir novamente essa ponte de ligação
com as pessoas amadas? Olhamos
para trás buscando as respostas, na tentativa de começar a
construir um caminho diferente, uma nova aproximação. Muitas vezes,
essas respostas não serão facilmente encontradas pois, por mais que
busquemos nos arquivos de nossa memória, será difícil identificar
o registro de quando foi que tudo começou. Essa análise do passado
é importante, pois descobrindo onde erramos, podemos, a partir dessa
constatação, agir de outra forma. Verificamos então, que talvez
tenhamos nos permitido adotar algumas atitudes que podem ter nos
distanciado lenta e gradativamente dos seres amados. Foi o Bom
dia deixado
de lado pela pressa de começar logo as atividades de mais uma
jornada de trabalho; o Boa
noite esquecido,
vencido pelo cansaço. Os sentimentos ocultados pela quietude diária,
onde cada um se envolve apenas com suas próprias questões pessoais.
A falta de compreensão e de companheirismo, o egoísmo, as mentiras
sutis, as mágoas acumuladas e os pequenos desentendimentos. Essas
atitudes são como gotas pequeninas que, com o tempo, se transformam
em imensos oceanos. E quando nos damos conta, não mais sabemos
atravessar esse espaço e tocar alguém que tanto estimamos.
Não
deixemos que isso aconteça pois transpor essa distância que
construímos é uma difícil tarefa. Não nos permitamos deixar de
dar o sorriso de boas vindas, o abraço de despedida, o afago de boa
noite e de bom dia. Esse esquecimento pode significar o início dessa
barreira invisível que se forma entre as pessoas. Falar sobre os
sentimentos, perguntar com interesse como vai o outro, escutar,
importar-se, perceber o que incomoda, vibrar com o que felicita,
dividir as angústias e as alegrias, faz muita diferença. Lembremos
que todas as manifestações sinceras de carinho e amor são
vibrações que envolvem o próximo, aquecem as almas, alegram e
embelezam a vida. Redação
do Momento Espírita. Em 24.02.2012.
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